(Outro artigo da cobertura no Blue Bus da Convenção Anual da National Retailer Federation, que encerrou ontem em Nova York. Por Luiz Alberto Marinho)
Vida digital decreta o fim da loja tal como nós a conhecemos
As vendas no ecommerce americano têm crescido em ritmo muito mais veloz que o das tradicionais lojas de tijolo e cimento. Em 2009, em plena crise portanto, o aumento foi de 11%. Por conta disso, o varejo online, que respondia por apenas 2% das vendas no comércio dos EUA em 2001, chegou em 2009 a ser responsável por 7% das compras no país. Segundo projeçoes da Forrester, apresentadas ontem aqui na NRF, esse percentual subirá para impressionantes 20% em 2020. A força do comércio eletrônico, porém, nao se mede apenas pelas transaçoes efetuadas nos websites. Ainda de acordo com a Forrester, se a gente considerar tambem as vendas influenciadas pela internet, seja pela pesquisa de preços, consulta de avaliaçoes de usuários ou busca de informaçoes de produtos, para dar apenas alguns exemplos, o índice chega a 46% do faturamento do varejo americano em 2010. Para 2014 a estimativa é de 53%.
A verdade é que as pessoas estao gradualmente derrubando as barreiras que separavam o analógico do digital em suas vidas, e isso obriga o varejo a reinventar o ponto de venda, incorporando facilidades que os consumidores normalmente encontram nos websites. Será o fim da loja como nós a conhecemos. Por outro lado, ao trazer a web para dentro da loja, o varejo poderá acelerar o processo de reduçao do tamanho de seus espaços físicos. Para você ter uma ideia, em 1995 uma grande livraria americana operava, em média, em lojas de 3.200 m2. De 2001 para cá o tamanho foi reduzido para até 1.800 m2. Com todo o inventário disponível para compra virtual dentro da própria loja as lojas poderao encolher ainda mais, o que significa corte de custos e aumento de lucros.