Objetivo é difundir o tema e fornecer ferramentas para que crianças e jovens desenvolvam as habilidades necessárias para consumir informação de forma segura e responsável
O Google.org, braço filantrópico do Google, apoiará com R﹩ 5 milhões a segunda fase do EducaMídia, programa criado em junho de 2019 pelo Instituto Palavra Aberta para capacitar professores e organizações de ensino sobre a temática da educação midiática com o objetivo promover o consumo seguro e responsável de informação e o combate à desinformação.
O novo recurso se soma aos R$ 4 milhões também investidos pelo Google.org na primeira etapa do programa, totalizando assim R﹩ 9 milhões com o objetivo de garantir as atividades do programa até 2023. Educação midiática está relacionada ao conjunto de expertises necessárias para acessar, analisar, criar e participar de maneira crítica do ambiente informacional e midiático, em todos os seus formatos. A questão envolve um desafio do Brasil e do mundo, uma vez que, de acordo com pesquisa recente da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 67% dos estudantes brasileiros de 15 anos não conseguem traçar a diferença entre o que é um fato e o que é uma opinião. E apenas 46% disseram ter sido treinados na escola sobre como reconhecer se as informações são tendenciosas.
A nova contribuição do Google.org garantirá a continuidade do programa, bem como a consolidação e a ampliação das ações desenvolvidas na primeira etapa. Nos seus dois anos iniciais, o EducaMídia focou na disseminação do conceito de educação midiática entre as lideranças da Educação e professores e na promoção de cursos e capacitações para esses públicos. Agora, a estratégia é estabelecer parcerias com redes estaduais e municipais, públicas e privadas, além de organizações da sociedade civil para expandir o alcance do programa no Brasil.
As ações traçadas têm o objetivo de colaborar na resolução de quatro principais desafios: a inserção do tema nos planejamentos pedagógicos das escolas; aumentar o número de idosos com alfabetização e fluência digital; a ampliação de acesso à informação nas populações vulneráveis; e combater a disseminação das notícias falsas ou de baixa qualidade para os processos eleitorais.