
Entre os locais preferidos para compras destacam-se as lojas de bairro (31%), a Rua 25 de Março (29%) e os shopping centers (29%). Os grandes magazines vêm depois (18%), seguidos das lojas do Bom Retiro (9%) e da opção por produtos de camelôs (5%). Os dados são de pesquisa da TNS InterScience, realizada em novembro deste ano junto a 300 pessoas residentes na cidade de São Paulo, das classes C e D, com mais de 20 anos e renda familiar média de R$ 1.956,00 . Desse total, cerca de 11% estarão comprometidos com os gastos de final de ano.
Segundo Ivani Rossi, diretora de planejamento da TNS InterScience, o estudo evidencia o “gap” existente entre a classe AAA e as classes C e D. “Há uma disparidade brutal entre esses dois ´mundos´, uma vez que o gasto médio das mulheres com renda superior a R$ 30 mil é de R$ 8 mil, enquanto que o da baixa renda não chega a R$ 220”, compara.
Outro item investigado foi a forma de pagamento. As compras efetuadas pela baixa renda serão pagas em dinheiro (73%) ou com cartão de crédito parcelado (23%). Já o cheque especial, o empréstimo pessoal e o crédito consignado serão usados com parcimônia. Segundo Ivani, 81% da população de menor poder aquisitivo não pretendem utilizar nenhuma dessas três linhas de financiamento até o final deste ano, embora tenham acesso a elas. Questionadas sobre o destino que darão ao 13º salário, 66% dos entrevistados responderam que utilizarão o abono para fazer compras; 33% irão pagar dívidas; 12% irão economizar/investir e outros 12% irão gastar com viagens e com as festas de final de ano.
Com relação aos sonhos e perspectivas para o Ano Novo, a maioria das pessoas de menor poder aquisitivo (46%) planeja mudar de emprego ou melhorar o salário, mas para 40% essa intenção aparece apenas no plano dos “sonhos”. Enquanto 44% sonham em ter um carro ou mudar para uma casa melhor, 7% acalentam a possibilidade de ter mais tempo para o lazer e 14% pretendem transformar esse desejo em realidade. Investir na educação dos filhos ainda é apenas sonho para 7% , mas já aparece como meta para outros 7%. Já os mais otimistas (6%) vão além e sonham alto: querem ganhar na Mega-Sena.