Nos últimos anos, muitas empresas têm se dado conta do benefício de uma análise geográfica. É possível observar um avanço nessa área, segundo Reinaldo Granja Gregori, sócio fundador da Cognatis. “Houve um crescimento constante e acelerado no interesse e contratação de serviços ou ferramentas de geomarketing em todos os setores, mas o que mais nos tem chamado a atenção é como indústrias e setores que até pouco tempo tinham pouca tradição no uso deste tipo de inteligência, tem nos procurado com necessidades diversas e com suas próprias ideias sobre como desejam utilizar o geomarketing. É um movimento muito saudável e bom indicador de que esta demanda continuará a crescer estruturalmente”, declara o executivo.
Antes de investir em geomarketing, Gregori destaca que é preciso, em primeiro lugar, entender que isso não se limita a uma ferramenta, pois requer que sejam combinados dados especializados com métodos e ferramentas de alta tecnologia. “Algumas ferramentas, como é o caso do NETtool, oferecido pela Cognatis por meio da internet, integram estes dados mercadológicos com cadastros da própria empresa usuária, e oferecem diversas funcionalidades de análise. Isso é suficiente para que muitas empresas e rotinas de análise sejam executadas por profissionais com nenhum ou pouco treinamento em geomarketing”, explica. Além disso, Gregori acrescenta que ainda há aplicações de maior complexidade. “Como é o caso, por exemplo, de uma empresa que deseja estimar o volume de vendas esperado em novos PDVs, quando é fundamental que a ferramenta seja operada por analistas que conheçam métodos e apresentem perfil analítico”, exemplifica.
O executivo destaca as diversas possibilidades do uso de geomarketing em muitos setores. “É interessante notar que diferentes empresas usam a ferramenta com diferentes propósitos. Atendemos redes de varejo que se limitam, por exemplo, a encontrar os melhores locais para abrir novas unidades, enquanto empresas de bens de consumo usam a mesma ferramenta para identificar lacunas mercadológicas geográficas ou para segmentar os PDVs a fim de otimizar a distribuição de seus produtos”, explica Gregori.
Por estar fundamentado na ideia de oferecer comodidade e proximidade ao seu consumidor, o varejo físico faz uso regular do geomarketing, segundo Gregori. “Nessa situação inclui-se também bancos de varejo, distribuidores de combustíveis, redes de farmácias, etc. Mas há outros setores em que a aplicação do geomarketing é menos óbvia, mas não menos importante. O setor de indústria de consumo e alimentação, por exemplo, o utilizam para criar e otimizar territórios de vendas, com o número correto de representantes por cliente em potencial”, conta. Na visão de Gregori, todas as empresas precisam se dar conta de como o negócio está associado ao espaço geográfico. “Seja para expandir, melhorar a rentabilidade de unidades existentes (no caso do varejo, franquia ou bancos), aperfeiçoar a forma de dividir territorialmente suas forças de vendas, ou identificar ‘gaps’ para crescimento, o geomarketing é ideal e indispensável”, conclui.