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A mudança do CEO

Muito se fala nas mudanças tecnológicas que o mundo está passando e quais são seus impactos. Um deles, que ainda não é muito comentado, apesar do espaço que vem conquistando, é o do sistema organizacional das empresas. Se antes as burocracias e hierarquias das corporações ajudavam na divisão de tarefas e os CEOs eram vistos somente como a face pública, que aprovava budgets e gerenciava o time executivo, este tempo precisa chegar ao fim. Segundo Cezar Taurion, head e partner da Digital Transformation & Economy na Kick Ventures/VP, essa não é mais a fórmula do sucesso para as empresas – aliás, pode levar ao fracasso!
“Este CEO é muito mais voltado a inspirar a mudança, criando e sustentando um ambiente para a empresa funcionar de forma ágil. E o board da organização deve acreditar na necessidade da transformação e apoiar o CEO”, pontua Taurion. Claro que esta tarefa não é fácil, principalmente porque o sistema hierárquico ainda está muito enraizado nas grandes corporações. “As estruturas hierárquicas funcionaram muito bem em um período de mudanças mais lentas. Por outro lado, criaram fragilidades como ascendência profissional significar mais poder, controles rígidos e pouca flexibilidade para mudanças”, complementa.
Desta forma, o head deixa claro que não basta as empresas investirem em inovações de tecnologia, tanto para seus processos internos quanto para com os clientes, se em um âmbito geral ela não trabalha esta agilidade na prática. “O risco de não se adaptarem é simplesmente se tornarem obsoletas e irrelevantes, se não desaparecerem por completo. O atual modelo organizacional, hierárquico, não mais atende a demanda de velocidade e transformações quase que cotidianas que o novo cenário de negócios exige”, comenta Taurion.
Com isso, fica claro que a tecnologia e seu desenvolvimento acelerado afeta a relação das empresas com seus consumidores muito além da relação entre eles, bem como da atualização de equipamentos. “Por que não olhar uma organização como um ser vivo, em constante evolução e adaptação, aprendendo e agindo de forma diferente a cada novo aprendizado? Um ser vivo tem suas células funcionando de forma independente, sem controle central. O fígado reage por sua conta, sem esperar pelas suas ordens. Pensar em uma empresa auto-gerenciável é uma quebra de paradigmas, mas não creio que exista outra alternativa para sobreviver em um mundo que muda a cada instante”, conclui o head.

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