A revolução da mobilidade traz segurança?



Por: Cristiano Pimenta


A comunicação é um processo evolutivo da própria humanidade. Vivemos um nível de interação sem precedentes, mas que requer atenção redobrada. Segundo pesquisa da Forrester Research, devem ser vendidos até 2016, 760 milhões de tablets em todo o mundo, com uma tendência de desaceleração da aquisição de computadores tradicionais. E provavelmente, com o avanço da inovação, tais números serão facilmente superados.


A mobilidade trouxe não apenas a condição para o usuário ter a informação onde estiver, mas de torná-la produtiva, gerando valor a todo o momento, seja no uso de uma rede social para aproximar pessoas, seja no processo criativo de um determinado trabalho, nas reuniões virtuais, na oferta de produtos ou serviços, na geolocalização direcionando nossos rumos e em tantas outras oportunidades que vão complementando o movimento histórico natural da sociedade, tendo efeito direto nos aspectos políticos, econômicos e sociais.


O comportamento de consumo mudou e sua relação com o que é público e privado também. O avanço em direção ao trabalho remoto – linha tênue onde esta a informação corporativa e a pessoal – a liberdade quase incondicional ao direito de uso das redes sociais dentro das organizações, e a proteção jurídica para os dois lados da mesma moeda gera um desafio contínuo.


Se a mobilidade é real, como anda a segurança? Conforme pesquisa da F-Secure, as ameaças em dispositivos móveis representavam em 2010, 11%; em 2011, 66%; e 2012 fechou com 79%. Indicadores que demonstram de forma preocupante o aumento direcionado de ataques, nos quais o alvo continua sendo a tentativa de obter, para uso indevido, “informações privadas”, seja de usuários ou de empresas.


Um dispositivo móvel está sujeito a diversos riscos, tais como falhas de segurança em sistemas operacionais, nas aplicações desenvolvidas sem requisitos mínimos de segurança, durante a transmissão de dados críticos não criptografados, no uso de rede pública, no dispositivo sem senha de acesso, senhas frágeis, nos dados armazenados, no uso de software não homologado, na contaminação por Vírus, Worms, Cavalo de Tróia e tantas outras potenciais vulnerabilidades.


E tudo isso pode acontecer seja quando estiver usando o serviço de mensagem, navegando pela Internet, abrindo anexos de e-mails não solicitados, usando o Bluetooth, conectado via Hotsync, com cartões de memória contaminados, ou com rede wireless sem proteção. As possibilidades são inúmeras.


Com o avanço da mobilidade, passa a ser imprescindível o uso de tecnologias avançadas e que propiciem um melhor grau de proteção, alinhadas à flexibilidade e sinergia que este novo cenário requer.


Do uso de tecnologia, naturalmente nascerá a necessidade de organização, a padronização, políticas e processos que orientem as condições de uso, de como alertar em caso de falhas detectadas e quais as penalidades aplicáveis quanto ocorrer o uso indevido. Desta forma, será possível tanto às organizações quanto aos seus colaboradores usufruírem o que de melhor a mobilidade tem a oferecer.


Por fim, considero que as empresas brasileiras vêm amadurecendo ao longo do tempo, desenvolvendo uma postura positiva em relação à busca pela proteção das informações. É notório que as ações de incentivos ao processo de conscientização gradualmente traz um aumento no nível de cultura de segurança que, uma vez internalizada, não se limita apenas ao ambiente corporativo e se reflete na vida do próprio indivíduo.


Cristiano Pimenta é Diretor de Produtos da Arcon serviços gerenciados de segurança


 



 

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