Se os nascentes entre as décadas de 1980 e 1990, chamados de geração Y, são hoje muitos dos empreendedores de startups, que vêm modificando o comportamento do mercado atualmente, a geração Z, representando os nascidos de 1991 a 2010, é quem mais entende essa forma de relacionamento feita por meio do formato digital. “Isso se aplica tanto para resolver um problema, onde o empreendedor cria uma solução digital, como do lado de quem consome esse serviço, que adere mais facilmente a uma solução em ambiente digital”, explica Gonçalo Avillez, cofundador da wePinch, rede social que tem como objetivo unir o três pilares no processo de construção de novas empresas e projetos: empreendedores, investidores e profissionais.
Essa nova forma de relacionamento, de acordo com Avillez, é resultado do universo digital, que permite um contato mais direto, bem como a prestação de serviços em um formato mais simples e econômico, se comparado com relação passadas. “As startups de base tecnológica estão revolucionando a forma como nos relacionamos com os produtos e serviços, criando novos serviços e formas de contratação e compra.” Por exemplo, já é comum o uso do delivery, entretanto, elas trouxeram a opção de que ele fosse feito de maneira mais simples, via aplicativo. Assim como os pedidos de indicação de médicos a amigos, que agora pode ser feito via web. “Todo esse primeiro contato de serviços reais, passa agora primeiro pelo universo online”, completa.
Como aponta o executivo, encontramo-nos na tendência do O2O, ou seja, é angariar negócio online para serviços offline. Mas, para que essa transição dê certo, ele explica que é preciso ter foco em meio à imensidão de oportunidades disponíveis. “As ideias são muitas, o foco deve ser em conseguir organizar uma equipe capaz de entregar o serviço/produto a que se propõe”, conta. Além disso, também é imprescindível conhecer os clientes, suas dores, preocupações e necessidades, afinal é preciso saber a melhor forma de se resolver esse problema. “O encanto do mundo online é que nos coloca na mão múltiplas ferramentas que facilitam esse processo, mas ainda não são suficientes, você continua precisando de muito instinto empreendedor e muito trabalho.”
Se o primeiro passo é angariar o cliente, o segundo é fidelizá-lo e não há escolha melhor do que procurar oferecer a melhor experiência desde o primeiro contato. “É o melhor processo de fidelização que as startups podem ter.” O caminho é aproveitar que já há a oportunidade desse relacionamento mais direto, junto com a facilidade de ambas as gerações serem mais modernas e procurar por um contato e divulgação online, uma linguagem que tanto as equipes dominam, quanto os clientes preferem.