A vida em megabytes



Autor: Francisco de Assis da Silveira

 

Pela minha experiência profissional na área de Tecnologia da Informação, tenho a oportunidade de conhecer e participar de projetos direcionados a cidades digitais. Muito mais que uma idéia de oferecer Internet grátis, as cidades digitais consistem em uma nova maneira de integrar os serviços de um município, ou seja, os diversos setores que comandam o ‘funcionamento’ do local também se comunicam. Assim, a administração pública, os serviços de saúde, a escola, entre outras áreas, fazem parte da mesma rede, facilitando o acesso às informações.


Para implantar um projeto de cidade digital, o primeiro passo é a infra-estrutura e a tecnologia necessárias para dar base ao município. Nesse âmbito, entra o papel das empresas integradoras da área tecnológica, que dão o suporte e oferecem o planejamento e a organização. Muitos detalhes fazem parte desse processo: o levantamento topográfico do município, a instalação de rádios, telefonia integrada em diferentes pontos, interligação de departamentos e secretarias da prefeitura, além de redes locais e servidores.


De forma resumida, alguns equipamentos necessários para uma cidade digital são rádios para transmissão de dados e voz, câmeras IP, que ajudam na segurança e monitoramento, cabos, fibra ótica ou sinal de rádio, além de torres de transmissão, estações rádio-base etc. Vale lembrar que a lista de materiais dependerá da necessidade de cada projeto.


Com os setores integrados, forma-se uma rede de comunicação em que o cidadão a qualquer hora ou lugar acessa dados e serviços públicos utilizáveis no seu dia-a-dia. Um exemplo é a integração das estruturas referentes a tributos, finanças e administração de uma cidade, que gera vantagens como maior fiscalização, aumento da arrecadação de impostos e mais transparência na relação entre contribuinte e prefeituras.


Hoje, com todo o avanço tecnológico, se não houver inclusão e integração, o desenvolvimento fica comprometido em todas as esferas (municipal estadual e federal). Nesse sentido, o que mais deve ser levado em conta são as pessoas, que realmente farão parte de todo o cenário de tecnologia e poderão de fato sentir os benefícios, não só no que se refere à informação, mas também na economia de tempo e agilidade para usar e acessar os serviços públicos.


Os projetos de cidade digital alcançam não só a área administrativa, mas também ajudam a melhorar os serviços de saúde e a educação, por exemplo. Quando um posto de saúde é integrado ao centro de saúde, a comunicação melhora e fica até mais fácil para agendar uma consulta ou um exame. Nas escolas, o acesso à Internet melhora a qualidade do ensino, tornando mais democrático o acesso às informações. Vale aqui, o princípio de que o conhecimento leva à evolução.


Esses são apenas alguns aspectos do bom uso da tecnologia, e um convite à reflexão do quanto podemos nos integrar, nos comunicar e nos beneficiar da imensa gama de informações que chega até nós.


Francisco de Assis da Silveira é sócio e diretor comercial da Uniserv.

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