As vendas dos canais de TI (varejistas, distribuidores e atacadistas) em 2009 superaram amplamente as expectativas projetadas para o ano. De acordo com a pesquisa Expectativas Comerciais do Canal de TI, realizada em dezembro de 2009, pela Marco Consultora, consultoria especializada em desenvolvimento e implementação de serviços de marketing sob medida, 90% do total de canais de vendas consultados disseram ter crescido em relação a 2008. Em dezembro daquele ano, apenas 41% deles acreditavam no crescimento.
A pesquisa, que está em sua 5ª edição, foi realizada simultaneamente no Brasil, Argentina, Chile e México. Nos quatro países, diferentes percentuais de canais mencionaram ter crescido em 2009 frente a 2008. O país com menor crescimento foi o México, onde apenas 29% dos canais de TI disseram ter aumentado as vendas; seguido pela Argentina 45%; Chile 56%; e o Brasil com a maior fatia de crescimento das vendas dos canais, 90%. “Esse é mais um indicativo da pujança da economia brasileira na atualidade”, diz Edson Barbero, gerente de Business Intelligence da Marco Consultora e coordenador da pesquisa.
Com relação às expectativas de vendas para 2010, os canais brasileiros mostram forte otimismo: 82% esperam aumentar as vendas. Dos demais países pesquisados, o Chile é o que apresenta a mais alta expectativa, 95% acreditam que as vendas subirão, seguido pela Argentina, com 52%; e do México, com uma expectativa bem abaixo dos demais, apenas 25% crê na elevação das vendas. “Neste aspecto, mais uma vez o México, com sua forte dependência da economia americana, teve os piores resultados”, comenta Barbero.
A pesquisa também perguntou aos canais qual produto esperam comercializar mais em 2010. Dos 102 canais brasileiros consultados, 45 disseram o notebook; 29 o smartphone; 21 o telefone celular; e netbook e desktop 5 canais para cada produto. “Provavelmente isso não indica que, em volume, teremos mais computadores portáteis comercializados que celulares. Tende a significar, contudo, a enorme demanda latente por notebooks, produto que se popularizará ainda mais em 2010”, avalia o executivo.
O coordenador da pesquisa comenta que a presença do smartphone em segundo lugar foi uma surpresa. “Possivelmente, também esses resultados signifiquem a forte ênfase que se tem dado hoje em dia para um estilo de trabalho flexível em que o profissional poder estar conectado em qualquer lugar. Outra surpresa da pesquisa foi a baixa expectativa de vendas de netbooks. “Ainda há desconfiança do consumidor mais leigo sobre a efetividade dessas máquinas. Acreditamos, contudo, que esse produto será muito vendido no futuro próximo”, diz Barbero.