Autor: Guilherme Schneider
Com o crescimento exponencial de brasileiros que têm acesso diário à internet nos últimos anos, as empresas precisam reinventar a maneira como se relacionam com seus clientes ou então serão rapidamente superadas por suas concorrentes.
Este novo consumidor, cada vez mais ávido por informação e novidades, possui todo o ferramental necessário para manter contato on-line com os produtos e empresas com os quais interage em seu dia-a-dia. O antigo conceito do “marketing one-to-one” nunca esteve tão vívido graças a essas ferramentas.
Acompanhar essas rápidas mudanças e focar-se cada vez mais no relacionamento individual com seus consumidores é um desafio cada vez maior para as empresas. Muitas nos últimos anos têm investido pesadamente no acompanhamento das mídias sociais e na abertura de novos canais de relacionamento com seus consumidores (call centers, etc…).
Gradativamente, ferramentas para monitoração e acompanhamento dos hábitos dos consumidores e de suas interações com as mídias sociais e com os canais de relacionamento com a empresa vêm surgindo, gerando uma quantidade cada vez maior de armazenamento de dados e um esforço cada vez maior no acompanhamento desses novos canais.
Por outro lado, poucas empresas têm se preocupado com a qualidade dos dados que vêm sendo gerados por esses acompanhamentos e, muitas vezes, só conseguem tomar atitudes de forma reativa a problemas ou reclamações.
Neste contexto é que entra a inteligência analítica, tema ainda pouco explorado no Brasil e ainda pouco praticado nas organizações globais. Segundo Davenport, Harris e Morrison (2010) “para tomar as melhores decisões e as atitudes certas é preciso usar a inteligência analítica. Colocar em prática a inteligência analítica implica melhorar o desempenho em domínios fundamentais do negócio usando dados e análises”.
Ou seja, não basta apenas ter os dados e informações em disponibilidade, e sim possuir na empresa a capacidade de analisar esses dados, além da facilidade de acesso e a certeza de que esses dados são confiáveis.
Lançar mão da inteligência analítica, através da adoção de processos e ferramentas que possibilitam o maior acesso e acompanhamento de tendências e até mesmo predição de comportamentos dos consumidores pode ser um diferencial competitivo muito grande em nosso novo contexto mercadológico.
As organizações que souberem lançar mão deste diferencial e implantarem programas de análise dos dados históricos e de tendências sairão na frente de seus concorrentes e terão maior capacidade de antecipar os potenciais problemas e reagir a eles de forma rápida e com menores danos.
Guilherme Schneider é executivo da CPM Braxis Capgemini.