Aeiou. Esse é o nome da nova operadora de telefonia móvel de São Paulo. De acordo com José Roberto Melo da Silva, presidente da Aeiou, os investimentos somaram, até agora, R$ 250 milhões. Com lançamento comercial marcado para 8 de setembro, a empresa espera conquistar 500 mil clientes em um ano, o que permitirá à empresa, ao fim deste período, ter uma margem Ebitda da ordem de 40%, segundo a Agência Estado.
Essa margem é bem maior do que os cerca de 20% registrados pela maior parte das operadoras que atuam no País. Melo da Silva diz que a empresa conseguirá atingir essa marca com baixas despesas operacionais. O quadro de funcionários da Aeiou é enxuto, com 60 empregados diretos e 20 terceirizados. “Com esta margem, se as operadoras nacionais tentarem praticar os preços da Aeiou, elas quebram”, avalia o executivo da operadora, que disputará mercado com Vivo, Tim, Claro e, a partir de outubro, Oi. A empresa escolheu o conceito de tarifas e custos baixos para o modelo de negócios. O preço médio por minuto será de R$ 0,43.
Para cumprir a meta financeira, além de despesas reduzidas, a Aeiou precisará de escala. Com a portabilidade numérica, recurso que permitirá ao assinante preservar o número de telefone ao mudar de operadora na mesma área de prestação do serviço, Melo da Silva acredita que pode subir a estimativa de conquistar, em um ano de operação, 500 mil clientes. A empresa se declara preparada para uma maior procura. “Nossa rede está dimensionada para suportar, em uma primeira fase, um milhão de assinantes”, completa.
Os jovens são o público que a Aeiou vislumbra atrair em um primeiro momento. Mais tarde, a operadora expandirá a oferta dos serviços para outros públicos, como o de baixa renda, sindicatos e até a empresas. A Internet será a principal plataforma de interação da Aeiou com os usuários, mas a empresa terá um callcenter e uma loja-conceito no bairro paulistano Vila Madalena. “Tudo pode ser feito on-line”, garantiu Melo da Silva.
A Hits Telecom, dona da Qanawat, operadora móvel da Arábia Saudita que também tem empresas na África, tem 49% do capital da Aeiou. Os 51% restantes estão nas mãos da Evald, holding que detém as participações de Melo da Silva.