Os avanços na tecnologia são apontados por quase 60% dos executivos como o fator mais crítico para mudar o mercado global nos próximos três anos, segundo o novo estudo da Economist Intelligence Unit (braço de informações de negócios do The Economist Group, editora da revista The Economist), co-patrocinado pela Oracle, que entrevistou 500 líderes de negócios em todo o planeta.
O estudo CEO Briefing: Corporate Priorities for 2005 (Guia dos presidentes dos conselhos de administração: prioridades corporativas para 2005) da Economist Intelligence Unit destaca as principais questões e tendências que darão forma à agenda corporativa dos próximos três anos. Os executivos entrevistados estão otimistas quanto às perspectivas dos negócios globais, mas admitem que gerar inovação, satisfação do cliente e ótima relação custo-benefício, bem como promover avanços na tecnologia, será crucial para sobreviver à concorrência cada vez mais acirrada do mercado, prevista para 2005. Entre as principais conclusões estão:
– Mais de 62% admitem que as “pressões crescentes da concorrência” representam o grande risco enfrentado por suas empresas;
– Dois terços acreditam que a qualidade da infra-estrutura de TI traz impactos de média a forte intensidade na competitividade de um país;
– Um terço dos entrevistados identificou a ´falta de inovação´ como um dos três maiores riscos que as empresas enfrentarão no período.
A tecnologia e a inovação andam de mãos dadas na geração de novas idéias que parecem preparadas para estimular o crescimento nos mais diversos setores, de biotecnologia e saúde a telecomunicações e software. Mais de 75% dos entrevistados acreditam que os segmentos de saúde, produtos farmacêuticos e biotecnologia têm as perspectivas de crescimento mais promissoras, enquanto quase 49% acham que os de telecomunicações, software e informática apresentarão crescimento mais veloz.
É importante mencionar que a América Latina está classificada em 4º lugar, com 24% das indicações, como uma das regiões que oferecem as maiores oportunidades de crescimento para as empresas, depois de Ásia-Pacífico, Leste Europeu e América do Norte. Também é considerada uma das regiões que acarretam os menores riscos para as empresas (com apenas 13% das indicações neste quesito).
Papel vital – O setor de Tecnologia da Informação (TI) desempenhará cada vez mais um papel vital na administração das operações complexas e globalizadas das empresas de hoje, acreditam os entrevistados. Com as economias emergentes da China, Índia e Leste Europeu impondo pressões crescentes nas tendências tradicionais do mercado, a TI será crucial para ajudar as empresas a controlar suas operações globais e a concorrer com os novos rivais. Dois terços dos presidentes dos conselhos de administração ouvidos acreditam que a qualidade da infra-estrutura de TI traz impactos de média a forte intensidade na competitividade de um país.
“Os executivos agora encaram a tecnologia como uma das forças mais importantes de mudança no mercado global”, pondera Daniel Franklin, diretor Editorial da Economist Intelligence Unit. Para o executivo, as empresas dependem da TI para conectar e gerenciar suas operações globais, mas também estão sondando o horizonte para ver como as tecnologias emergentes podem afetar seus negócios no futuro.