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Agora, o shopping é virtual?

Dentre as vantagens que há em um shopping center, com certeza, o fato de ter uma maior variedade de lojas e a possibilidade de comprar tudo o que necessita em um só lugar é um grande ponto de atração dos consumidores. Aliás, esses que priorizam um estilo de vida cada vez mais conectado e cômodo têm se mostrado bastante habituados com um tipo de plataforma online, que oferece a mesma facilidade dos grandes centros de compras, os marketplaces. Formado mais comumente por grandes varejistas, este é um modelo que fornece, acima de tudo, oportunidade aos pequenos e médios empresários de espaço para também conseguirem vender seus produtos e conquistarem clientelas. “É uma tendência que veio para ficar no Brasil, assim como é nos EUA e na Europa”, afirma José Nilson Ferreira, diretor de marketplace da Cnova – empresa detentora das plataformas do Extra, Pontofrio e Casas Bahia. 

Segundo o diretor de marketplace do MercadoLivre, Leandro Soares, a comparação com os shopping centers acontece por conta da forma como as plataformas funcionam, não deixando de ser um centro de vendas virtual, onde o cliente entra e pesquisa pelos produtos desejados em meio aos tantos varejistas disponíveis. “Assim como no shopping center, onde se vai e não se compra nada ´do´ shopping, mas se compra ´no´ shopping, o marketplace carrega essa mesma analogia”, explica ele. Em comunhão com a ideia, Marcos Wettreich, CEO do MercadoPME, adiciona que esse é um modelo que traz vantagens para todos os lados, sejam as empresas donas das bandeiras, os varejistas cadastrados ou os próprios consumidores. “Como o custo de marketing é muito alto, o marketplace é uma solução muito boa para o vendedor, pois é possui um custo variável.”

Segundo ele, a dinâmica é positiva, pois enquanto os grandes varejistas e donos dos sites de marketplace possuem o ativo – que são uma maior base de consumidores, que compram em seu e-commerce, e estrutura para que a venda possa ser feita, como formas variadas de pagamentos e segurança, os vendedores se beneficiam desse ambiente para oferecerem seus produtos e também conquistarem espaço. Já para os clientes, as vantagens são simples: eles terão maior acesso a uma variedade de vendedores, em um único lugar, o que facilita a compra e pesquisa, bem como terão a transparência na hora da venda. “Então, a vantagem do vendedor é ter o acesso a milhões de potenciais clientes a um preço definido”, completa.  “Eu costumo dizer que o marketplace é um ganha, ganha, ganha”, adiciona Ferreira.

Por outro lado, seja porque o modelo ainda está iniciando no País ou porque o próprio consumidor ainda não está muito habituado com o e-commerce, André Ricardo Dias, diretor de inteligência e pesquisa do E-bit, afirmou que o cliente se sente muito inseguro quanto ao funcionamento do marketplace e ainda não entendem muito bem sobre de quem é a responsabilidade em cada ciclo de compra. Por isso, “as empresas devem oferecer excelência no atendimento ao cliente e boa experiência de compra, que incluem facilidade de navegação, informações detalhadas de produtos, entrega no prazo e disposição para solucionar problemas”, aponta. Segundo Ferreira, é preciso que o vendedor tenha uma gestão de estoque, bem como um cuidado com o atendimento ao cliente, pois é uma falha gravíssima quando o vendedor recebe um pedido de venda e, no último instante, não entregar o pedido por falta de estoque. “Isso mancha a reputação do lojista e do próprio marketplace. Essa relação só é duradoura se o nível de serviço for muito bom”, aconselha. 

Quando a qualidade do serviço é elevada e a experiência do cliente for positiva, não há como este não ser fidelizado e, com isso, o tal ciclo de vantagens de será mais certo. Assim como o próprio mercado no meio virtual. “Olhando para o mercado específico do marketplace no Brasil, ele vem crescendo muito nos últimos anos. Acredito que entre 20% e 25% do que é vendido no e-commerce já acontece por meio desse mercado”, prevê Soares. No caso do MercadoLivre, enquanto o e-commerce cresceu 24%, a plataforma teve um aumento próximo de 30%, no ano passado, um faturamento de US$ 7,6 bilhões na América Latina. “No MercadoLivre, temos 25 milhões de visitantes únicos todos os meses, isso faz com que o vendedor queira fazer que seu produto seja visto”, afirma. Um benefício que deve ser enxergado pelo vendedor, que terá uma visibilidade que não teria se tivesse apenas em sua loja. O que, da mesma forma, não significa que por ele estar no marketplace, deva se esquecer de sua loja ou outras opções, esse é um canal a mais de contato, de obtenção de consumidores e até mesmo uma chance de se tornar omni-channel.  
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