O mercado entre Brasil e China está mesmo em alta. As empresas de tecnologia de informação, que já se instalaram no País, a cada dia apresentam um novo parceiro chinês. A multinacional chinesa Communication Tchnology Holdings Limeted (TCL), fabricante de telefones celulares, e a Alcatel, fabricante mundial em equipamentos, aplicações e serviços de telecomunicações, anunciaram na quarta-feira (26) um acordo para formação de um joint venture para pesquisa e desenvolvimento, vendas e distribuições de telefones celulares, produtos relacionados e serviços.
De acordo com um memorando de entendimentos entre as partes, a TCL Communication será o acionista majoritário da nova companhia, com participação de 55%, enquanto a Alcatel será detentora dos 45% restantes. Em quatro anos, a Alcatel terá a opção de trocar a sua participação por ações da TCL communications. A TCL, por sua vez, terá a opção de trocar a participação total da Alcatel na joint venture por ações da própria TCL communications, em prazo de cinco anos.
Juntos, os dois acionistas poderão posicionar melhor a TCL Mobile (uma das empresas que faz parte do grupo chinês) e a joint venture no competitivo mercado de telefones celulares, além de terem potencial para ser um negócio de terminais rentável e de rápido crescimento no mercado global.
A Alcatel irá explorar o seu prestígio na América Latina e na Europa, na qual a sua marca já é reconhecida mundialmente. A empresa deve estabelecer, nos próximos meses, uma ampla cobertura de vendas por meio de seus relacionamentos com operadoras globais e redes de distribuição, além de capacidades abrangentes de Pesquisa de Desenvolvimento. “A TCL ficará focada mais na distribuição e no mercado chinês, onde tem uma ligação muito forte por ser um dos maiores fabricantes de televisão”, disse Jonio Foigel, presidente da Alcatel no Brasil.
Banda larga
O mercado está favorecendo os serviços de solução de Tecnologia de Informação, na qual a Alcatel ambiciona monopolizar o campo da banda larga – como voz, dados, vídeo, games, áudio e a internet . “A idéia é oferecer a banda larga pelo celular” , disse Foigel, que visualiza até 2006 atingir as classes sociais C e D. “A banda larga é a tecnologia que mais ocupará espaço em todo lugar. Nos Estados Unidos, por exemplo, há muitas companhias especializadas tirando o cabo de cobre e substituindo pela fibra”, diz.
Em 2003, o segmento da banda larga por DSL cresceu em 79% no mundo e 85% no Brasil. Este segmento, segundo o Instituto Yankee Group, continuará a ter um crescimento forte em 2004. No Brasil, o número de linhas ADSL em serviço está previsto para saltar de 1 milhão no final de 2003 para 1,7 milhões no final de 2004. “A tendência destas empresas que se instalarem no Brasil é ter parceiros multimídia”, observa Foigel. Na sua opinião, o importante é dar ao cliente uma segurança em solução de problemas. “É trazer, também, consigo outras empresas especializadas em soluções”, esclarece.
Nas comunicações móveis, a Alcatel no Brasil está acompanhando de perto esta tendência e vem se estruturando como fornecedora de infra-estrutura em GSM. A companhia percebeu que o crecimento dos telefones celulares já superou a dos telefones fixos. E já tem como principais clientes as seguintes empresas: Oi Claro, Brasil Telecom GSM, Telemig Celular, Amazônia Celular e Vivo. A único que ainda não firmou contrato é a TIM. A Alcatel pretende, segundo sua a diretoria, atender com seu produtos as pequenas, médias e grandes empresas.