O relacionamento do cliente, entendendo as suas necessidades, é o principal desafio para as empresas de TI. É o que confirmam 60% dos executivos brasileiros da área, em uma pesquisa realizada pela Braun Research. “A TI pode prover e apoiar várias formas de inovação organizacional. As empresas já perceberam isso. Já passou da hora dos profissionais também assimilarem esta realidade”, afirma George Jamil, coordenador técnico da pós-graduação em Gestão e Tecnologia da Informação do Instituto de Educação Tecnológica (IETEC).
Um exemplo dessa busca por maior sinergia entre as áreas vem da Net Service. De acordo com a analista de processos da empresa, Gislayne Machado, esse maior “diálogo” entre os setores foi o que a motivou a buscar uma pós-graduação na área. “Atualmente, trabalho com governança de TI. Percebi que para executar um bom trabalho era necessário falar a mesma língua que os analistas da área técnica, daí a necessidade de ingressar em um curso que me proporcionasse esse entendimento”, analisa. Segundo Jamil, essa percepção do todo é imprescindível para que o TI possa gerar os resultados esperados pela direção da empresa. “A mútua compreensão entre gestores empresariais e seus associados gestores de TI para as funções tecnológicas é fundamental. Inclusive, para gerar soluções de TI que se transformem em recursos estratégicos para a organização”, comenta.
O especialista ainda explica que é possível quantificar o quanto uma atuação proativa do profissional de TI agrega ao negócio da empresa. “Podemos pensar desde indicadores tradicionais, ligados a produtividade e finanças de uma forma geral, até mesmo através de novos parâmetros de monitoramento, como transação comercial por hora, por tipo de cliente, por negócio ou mesmo por setor”, exemplifica. “Todos eles podem ser alvo de estudos visando a melhoria da produtividade e a geração de novos planos para a empresa.”
FOCO NA INOVAÇÃO
Um dos focos centrais do processo de Tecnologia da Informação nas empresas é seu potencial de gerar inovação. A área pode “prover e apoiar várias formas de inovação organizacional, como as de processo, de oferta a novos mercados, de estruturação organizacional e de imagem ao cliente final”, exemplifica o professor. Um exemplo dessa inovação ocorreu na Bartofil, empresa focada na distribuição de produtos. “Não tínhamos uma política de segurança da informação bem definida. Através da capacitação na área, percebi a importância desse processo, que implantamos e já estamos colhendo os frutos. Tudo graças a essa inovação de TI”, conta Daniel Bartolomeu, gerente de TI da organização.