A fim de qualificar e medir o valor produzido pela inovação, sob a ótica dos usuários e clientes, a Dom realizou uma pesquisa com as 500 maiores companhias do país em diferentes setores da economia para identificar as suas práticas mais inovadoras no relacionamento com o cliente. O estudo detalha qual é o foco da inovação gerada pelas organizações, como é percebida pelo público, além da maneira que é traduzida em práticas e modelos de negócios. O resultado deu origem ao ranking “As 50 empresas mais inovadoras do Brasil”, que traz a avaliação em 14 segmentos distintos.
A Dom se baseou nas premissas de inovação apresentadas na metodologia IAM AIR – Adequação, Incremento e Ruptura.
O método, desenvolvido pela consultoria, combina a mensuração do valor e resultados potenciais das inovações em três dimensões, classificadas por Clayton Christensen, professor e autor do livro “O Dilema da Inovação”, que são: Adequação – as empresas buscam se equiparar aos padrões do mercado para simplesmente não serem passadas para trás; Incremento – quando criam vantagem competitiva, mirando novos nichos pouco explorados; e Ruptura- aquela em que uma empresa nova no mercado, ao invés de tentar vencer os concorrentes, muda as regras da competição de um determinado setor, abrindo novo caminho.
Com isso, a pesquisa não avaliou inovação apenas no sentindo de investimento em tecnologia, mas também como objeto de fortalecimento da empresa com os seus stakeholders. “Uma boa ideia não é suficiente. Ela precisa criar valor – intangível e tangível – para que possa ser propagandeada e comercializada, e assim, ser considerada uma inovação. Este é o conceito central que distingue a inovação da invenção e investigação científica”, explica Daniel Domeneghetti, CEO da Dom Srategy Partners. A partir de um recorte inicial privilegiando as companhias que mais investem e se diferenciam pela inovação no relacionamento com seus clientes e da condução de pesquisas de campo com clientes para confirmação de que essas inovações são efetivamente relevantes e percebidas, a consultoria refinou critérios para compor o ranking das maiores empresas inovadoras, tais como oferta de produtos e serviços inovadores, interatividade no ponto de contato com o cliente, colaboração e interação on-line com clientes, disponibilização de formatos e modelos de atendimento, qualidade da gestão do relacionamento com o cliente e experiência de marca durante o consumo.
Desse levantamento, saíram as 50 empresas mais bem pontuadas. O grupo de empresas mais bem pontuados, com notas acima de nove, possui estratégia planejada de inovação a partir da percepção, avaliação e recomendação de seus consumidores. No top 10 geral da lista estão: O Boticário, NetShoes, Chilii Beans, Dilleto, Nespresso, Albert Einstein, Wine, Bradesco, Whirlpool e Habib’s.
Segundo Domeneghetti, a constatação do estudo ressalta que não existe inovação sem compreender o mercado em que as companhias atuam. “Cada empresa tem o modelo, a demanda e o tamanho do investimento para ser destinado a inovação, de acordo com o seu segmento ou sua estratégia de negócios. A inovação, assim, não é regra, mas uma equação de sucesso”, pontua o executivo.