Entre o total de marcas avaliadas na nova edição do “Brand Finance Global Banking 500 – 2011”, as dez mais valiosas do mundo são, pela ordem: Bank of America (US$ 30,6 bilhões), Wells Fargo (US$ 29 bilhões), HSBC (US$ 27,6 bilhões), Santander (US$ 26,2 bilhões), Chase (US$ 19,2 bilhões), Bradesco (US$ 18,7 bilhões), Barclays (US$ 17,4 bilhões), ICBC (US$ 17,2 bilhões), Citi (US$ 17,1 bilhões) e China Construction Bank (US$ 17 bilhões). Em relação a 2010, as marcas que mais elevaram as posições foram Bradesco, que saltou do nono para o sexto lugar; Barclays, da décima posição para sétimo lugar; e Chase, que da oitava subiu para a quinta posição. Em curva menos favorável, HSBC cai duas posições e Santander desce uma posição.
“O destaque em 2011 cabe ao Bradesco, única marca dos países emergentes a ocupar pela primeira vez uma posição entre as seis mais valiosas de banco do mundo, seguida na seqüência pelas marcas ICBC e China Construction Bank, numa demonstração de que bancos de países emergentes vêm conquistando seu espaço no seleto rol das 10 marcas mais valiosas do mundo”, afirma o sócio e CEO da Brand Finance para América do Sul, Gilson Nunes.
De acordo com o executivo, enquanto o valor de mercado de todos os bancos listados em bolsa no mundo cresceu 13%, em comparação ao ano anterior, atingindo o valor de mercado total de US$ 6 trilhões, a soma total de suas marcas subiu 30%, o que corresponde a um montante de US$ 851,4 bilhões. Com este resultado, o valor das marcas passou a representar 14% do valor total de mercado destes bancos. Em 2010, esta proporção era de 12%. “Este bom desempenho global das marcas de bancos justifica-se na melhoria de seu desempenho operacional após a crise de 2008, na maior confiança dos consumidores e em perspectivas econômica positivas, sobretudo nos países emergentes como China, Brasil e Índia”, explica.
No Brasil, o valor de mercado dos bancos listados em bolsa cresceu 37%, atingindo o valor de US$ 244 bilhões; por outro lado, o valor total de suas marcas cresceu 66%, totalizando US$ 46,9 bilhões. Segundo Nunes, este resultado ocorre graças ao crescimento econômico do país (7,5% ao ano); maior oferta de crédito com juros menores; inserção de classes C e D no mercado bancário; maior consumo das famílias; financiamento e empréstimo bancário em alta; elevação do índice de confiança do brasileiro nas marcas de bancos; e programas mais eficientes de gestão de marcas.
Além do Bradesco, sexta marca de maior valor do mundo, outras marcas brasileiras também ganham destaque no resultado de 2011, como Itaú (11ª posição, com valor de marca de US$ 16,7 bilhões), Banco do Brasil (22ª posição, valor de marca de US$ 9,5 bilhões), Nossa Caixa (174ª posição, com US$ 789 milhões), Banrisul (posição 319, US$ 319 milhões), Banco do Nordeste (323ª posição, US$ 310 milhões), Panamericano (363ª. Posição, US$ 259 milhões), Redecard (462ª posição, US$ 186 milhões) e BicBanco (465ª posição, US$ 184 milhões).
As três marcas brasileiras de maior valor, Bradesco, Itaú e Banco do Brasil, representam mais de 95% da soma total das marcas de bancos do país e apenas o Bradesco 39% deste total. “A gestão eficiente de marcas é uma prática ainda embrionária para alguns bancos presentes no país, existe uma tendência de bancos focarem investimentos em publicidade e marketing e deixar de lado questões como retorno sobre o investimento destas ações, risco de imagem, gestão e processo de valoração da marca, entre outro quesitos, para saber o que mais produz valor”, avalia Nunes. O maior desafio, conclui o executivo, é balancear ações que produzam efeitos de visibilidade, melhoria na satisfação e qualidade dos produtos e serviços, com ações que levem à lealdade, preferência, consideração, prestação dos serviços, atendimento e relacionamento com clientes.