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ASP: uma questão de cultura


Marcelo Pugliesi

A utilização do modelo ASP (Application Service Provider) tem demonstrado bons resultados, embora esteja dando os primeiros passos no mercado nacional. Isto porque permite reduzir custos de infra-estrutura ao terceirizar a concepção, manutenção e atualização de soluções. Mas, para consolidar a cultura do ASP no País, alguns paradigmas deverão ser quebrados, como por exemplo, os aspectos relacionados à confiança.

Experiências mostram que a adoção do modelo pode reduzir os custos de TI em pelo menos 50% em relação aos de uma estrutura montada e mantida pela própria empresa, dentro de casa. O modelo ASP tem como vantagem a rápida implementação e o fato de não demandar grandes investimentos em infra-estrutura das empresas já que servidores e bancos de dados são terceirizados. Isso evita também a preocupação com manutenção e equipes exclusivas para esse trabalho.

Independente do porte ou natureza do negócio, o ASP delega a terceiros uma tarefa ainda mais complicada – administrar o sistema. Mais do que isso, mantém uma atualização constante, assim o usuário só gasta o equivalente ao custo de montagem de uma planta própria dois ou três anos depois de ter assinado o contrato de outsourcing. Além desta praticidade e rapidez, a empresa tem a liberdade total para descontinuar o serviço, quando julgar necessário.

Devemos chamar a atenção também para a tranqüilidade que os contratos de SLA (Service Level Agreement) conferem aos usuários de serviços em regime de ASP. Desta forma, garante-se a disponibilidade do serviço, em ambiente de alta performance e máxima segurança, além de suporte 24 horas por dia, inclusive domingos e feriados.

A expectativa, de acordo com o IDC (International Data Corporation), é que o gasto com ASP no mercado mundial deva chegar, em 2006, a 20 bilhões de dólares. Valor muito superior aos cerca de 695 milhões de dólares gastos em 2000. O instituto de pesquisa afirma que esse mercado experimenta um crescimento constante, pelo rápido retorno, principalmente financeiro.

No entanto, além da própria mudança de cultura, já que a solução é totalmente viável e os resultados positivos mundialmente mensurados, faz necessário que empresas desenvolvedoras de softwares de outros segmentos passem a oferecer essa opção de terceirização aos usuários. Temos no Brasil, apenas soluções de CRM, contabilidade, recursos humanos (RH), no entanto, soluções de ERP, gestão, entre outras, poderiam também ser implementadas neste modelo. Fora do Brasil, o avanço é maior e existe um movimento muito forte no que diz respeito à mudança deste conceito. É preciso concentrar esforços, principalmente nas pequenas e médias empresas, que possuem mentalidade diferente e entendam as necessidades e vantagens da terceirização.

Marcelo Pugliesi é graduado em administração pelo Makenzie e atualmente é gerente comercial da Direct Talk. ([email protected])

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