A TBM Consulting, consultoria especializada em aumento de produtividade, anuncia os resultados da 4ª Pesquisa Anual de Produtividade. O estudo foi realizado com 2.300 executivos de empresas de médio e de grande porte nos setores de manufatura e serviços de cinco países: Alemanha, Brasil, Estados Unidos, México e Reino Unido. A pesquisa foi conduzida no primeiro semestre de 2006 e contou com o apoio das publicações The Manufacturer (EUA), a Manufactura (México) e a Produktion (Alemanha).
O grande destaque deste ano foi o Brasil, que apontou um aumento de 100% em ganhos em produtividade no último ano. Os executivos americanos registram 94%, seguidos dos alemães com 92% e dos empresários ingleses e mexicanos que apontaram 90% e 88%, respectivamente. Além disso, 66% de todos os entrevistados planejam aumentar seu orçamento de tecnologia, em 2007, para gerar produtividade.
A pesquisa solicitou, ainda, aos entrevistados que especificassem o programa de melhoria da produtividade/qualidade utilizado no momento, e o destaque foi para o Lean. “Os dados indicam que a cultura Lean está se popularizando cada vez mais em todo o mundo como fator de produtividade”, afirma Anand Sharma, presidente mundial da TBM Consulting. Segundo ele, as empresas que adotam o Lean sempre são mais flexíveis, mais sensíveis e mais preparadas para superar os desafios colocados pela produtividade. “Por causa da visibilidade cada vez maior dessas companhias alcançada graças ao seu crescimento, a arquitetura lean tem sido escolhida nos principais países manufatureiros do mundo”, diz Sharma.
Falta liderança e boas idéias – Apesar do aumento de produtividade em 2005, os executivos dos cinco países indicaram uma grande defasagem em termos de profissionais de liderança e idéias inovadoras entre a mão-de-obra mundial do ramo de manufatura. Mais de um terço dos executivos, ou seja, 34%, identificaram “qualidades de liderança” como a maior deficiência na mão-de-obra, seguidos de 32% que citaram as “idéias inovadoras” como a área com deficiência mais significativa.
Além disso, solicitados a descrever os problemas mais graves, mais de um terço de todos os fabricantes participantes da pesquisa afirmou que a escassez de mão-de-obra qualificada e problemas de “pessoal” são o que mais provavelmente “os fariam perder o sono”. Apenas 17% dos entrevistados citaram a elevação dos custos da energia como causa de ansiedade.
“O estudo indica que a oferta cada vez menor de profissionais qualificados continua sendo um grande obstáculo para os fabricantes dos países altamente industrializados e, devido aos enormes desafios da atual economia da ´Terra plana´, isso passou a ser uma grande preocupação para o setor”, conta Mike Serena, Diretor-Gerente do TBM LeanSigma Institute. “As organizações sabem que as pessoas são imprescindíveis para se obter vantagem competitiva e sustentar a continuidade do crescimento e, por isso, a defasagem em termos de profissionais de liderança faz os fabricantes globais pensar em como sustentar seu crescimento”, explica Serena.
Evolução dos clientes – A pesquisa também apontou que a maioria dos fabricantes está comprometida em dedicar-se às necessidades em constante evolução dos seus clientes, sendo que 64% dos entrevistados fizeram um esforço maior, no ano passado, para criar novos produtos que atendam às necessidades dos clientes.
Para atender melhor às necessidades dos clientes, a maioria dos fabricantes de cada região pesquisada indicou o aumento dos esforços para gerar agilidade no mercado (EUA – 57%; Reino Unido – 53%; Alemanha – 62%; México – 61%; Brasil – 68%). Embora, fabricantes dos cinco países indicaram que a maior parte do seu crescimento – em termos de participação de mercado ou receitas – provém, atualmente, do desenvolvimento/inovação de novos produtos (31%) e da sensibilidade ao mercado (21%).
“As conclusões apontam que a maioria dos fabricantes entende a necessidade de agilidade, contato com o cliente e inovação na economia de demandas globais de hoje”, fala Sharma. Segundo o presidente mundial, os dados mostram ainda uma correlação entre produtividade e agilidade. A produtividade parece aumentar quando os fabricantes se tornam mais ágeis e se esforçam mais para atender às demandas dos clientes. Acima de tudo, o antídoto para as pressões mundiais enfrentadas pelos fabricantes é amplamente reconhecido como a liderança para gerenciar as constantes mudanças necessárias ao crescimento.