As consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) aumentaram 3,4% na primeira quinzena de dezembro deste ano sobre o mesmo período de 2005. Já as consultas ao UseCheque cresceram 5,5% neste mesmo período.

Segundo o superintendente de economia da ACSP, Marcel Solimeo, o número de consultas na quinzena permite que a expectativa de crescimento das vendas do varejo deste ano seja igual a de 2005, entre 4% e 5%. “É esperado um grande movimento nesta semana em função do pagamento da segunda parcela do 13º salário e das promoções que o varejo vem fazendo com grandes facilidades de crédito”, completa.

O número de registros recebidos no cadastro de inadimplentes aumentou 7,6% sobre a primeira quinzena de dezembro de 2005 e caiu para 7,2% sobre o mesmo período de novembro deste ano. Já o número de registros cancelados cresceu 1,3% sobre dezembro de 2005 e 26,1% sobre novembro deste ano. “O número de cancelamentos superou o de inclusões na quinzena, confirmando a tendência observada nos últimos anos”, analisa Marcel.

O número de consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) aumentou apenas 1,8% na primeira quinzena de março deste ano sobre o mesmo período do ano passado. As consultas ao UseCheque, também na comparação entre as primeiras quinzenas de março de 2005 contra 2006, cresceram 4,5%.

Para o presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos, o movimento do varejo continua fraco, a exemplo dos meses anteriores, a despeito do forte empenho promocional do comércio. “O alto nível de endividamento do consumidor e o crescimento insuficiente da renda explicam esse desempenho”, avalia. Para o segundo trimestre de 2006, o presidente da ACSP espera uma aceleração do movimento. “Com o novo salário mínimo, a expansão dos gastos públicos e a queda das taxas de juros – apesar de ainda estarem muito altas – certamente perceberemos um aquecimento nas vendas”, explica.

Com relação ao aumento da inadimplência, Afif Domingos explica que “os registros recebidos aumentaram 10%, enquanto que os cancelados cresceram menos, 6%. Embora os dados da quinzena não sejam definitivos, o aumento da inadimplência serve como alerta tanto para o comércio como para os próprios consumidores”.