BC mantém Selic em 16%

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo (Abiesv), Marcos Andrade, disse que a decisão do Banco Central de manter novamente a taxa básica de juros (Selic) em 16%, representa uma dose de desânimo para os fornecedores de equipamentos ao varejo justamente num momento de retomada dos negócios. Na sua opinião, o reaquecimento dos negócios gera a necessidade de capital de giro, que é escasso e caro.
“Essa limitação pode cercear a retomada da expansão, principalmente por parte das pequenas e médias empresas, que sofrem mais dificuldades de financiamento. No final das contas, isso se traduz em menor capacidade de gerar novos empregos”, acredita Marcos. Além disso, o aumento da demanda por parte do setor varejista, que está ampliando ou reformando estabelecimentos, vem levando a indústria de equipamentos a buscar no mercado mais matéria prima, sobretudo aço e plástico, cujos preços, regulados pelo mercado internacional, estão em alta. “A redução mais expressiva das taxas de juros seria uma alternativa para melhorar a oferta e o custo do crédito, fortalecendo a indústria e, consequentemente, a economia do País”, conclui.
Quem também não gostou nada da decisão do BC foi o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Luiz Marinho. O sindicalista foi mais longe ao afirmar que o consevadorismo excessivo do Copom será uma constante. “É decepcionante perceber que o excesso de conservadorismo continue sendo a marca registrada do Copom, que tem insistido na manutenção da taxa de juros em patamares elevados para garantir o controle da inflação”, disse. A última vez que a equipe do BC mexeu nos juros foi em abril, quando reduziu 0,25% na Selic. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 14 e 15 de setembro.

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