O conceito de Business Intelligence não é novo como se imagina, estando presente já no início da computação na forma dos relatórios emitidos pelos mainframes. Ou seja, desde a entrada da automação viu-se a necessidade de interpretar os elementos reportados como informações úteis para a prática dos negócios. Após vários estágios, BI é hoje uma ferramenta analítica de apoio essencial à tomada das decisões empresariais, transformando os dados armazenados em inteligência em tempo real. Foi o que discorreu Dan Vesset, diretor de pesquisas de Analytics & Data Warehousing da IDC Corp, na apresentação “The next wave of business intelligence: deploying BI for the masses” na IDC Brasil Business Intelligence & Business Performance Management Conference 2006.
Atualmente, BI movimenta no mundo US$ 3,5 bilhões e, segundo Vesset, 2006 marca o início de uma nova onda para este mercado. De ferramentas para analisar, modelar e entregar dados para a sustentação de decisões e relatório de processos, o BI entra para a fase do conceito de Intelligent Process Automation – IPA, automatizando as decisões operacionais cotidianas dentro dos processos de negócios e em resposta aos eventos onde as análises guiam para os fluxos de trabalho. Vesset ressaltou a necessidade de massificar o BI por toda a organização, não se restringindo apenas para orientar as decisões da diretoria ou gerência. “BI não significa somente ceder informações às pessoas, mas gerar apoio a qualquer decisão corporativa, de todos os departamentos e níveis hierárquicos. Pode gerar receita até mesmo usado externamente”, explicou o diretor de pesquisas.
E como massificar o BI? Para Vesset, “melhorando a produtividade, seja do desenvolvedor por meio da qualidade e integração dos dados, escalabilidade e disponibilidade; seja do analista pela maior flexibilidade e sef-service; e do usuário final pelo IPA”. A apresentação também mostrou os resultados da pesquisa Business Intelligence Survey, realizada pela IDC em 2005, que questionou executivos de 258 empresas dos EUA sobre o que levaria a uma adoção mais ampla de BI. Para 25% ter o controle dos dados e uma cultura de gestão de performance é foco imprescindível, enquanto 23% acham ser necessária uma implementação mais rápida das mudanças pedidas pelos usuários assim como novas origens dos dados e novas visualizações.
Pelo terceiro ano consecutivo, a Hyperion foi patrocinadora da conferência para, mais uma vez, estar em contato com executivos do mercado, trocar idéias e divulgar sua visão sobre tecnologia para gestão de desempenho. Além de utilizar o espaço do estande para apresentar os benefícios das soluções, a empresa contribuiu também com uma das palestras da conferência. Priscila Siqueira, gerente de pré-vendas para América Latina, abordou o tema “Uma visão pragmática dos benefícios de uma arquitetura corporativa de Business Intelligence e Business Performance Management”, detalhando alguns dos principais desafios enfrentados no processo de adoção de soluções corporativas de BI e de gestão de desempenho e mostrando, em seguida, como foram resolvidos por importantes empresas nacionais e multinacionais usuárias das soluções Hyperion.
O diretor geral da Business Objects no Brasil, Fernando Corbi, também esteve presente destacando como a tecnologia de Business Intelligence vem auxiliando as empresas a acompanhar e controlar informações sobre o desempenho tático e estratégico durante a palestra “A importância do Gerenciamento da Performance Empresarial nas organizações e como maximizar o retorno do investimento em curto prazo”. A última apresentação, “Panorama de utilização e de investimentos em ferramentas de Business Intelligence”, foi realizada por Bruno Rossi, gerente de análises do Mercado de Software da IDC Brasil. O executivo abordou, entre outros tópicos, as prioridades da área de TI das empresas de grande porte em 2006/2007.