Big Data e Small Data a serviço do varejo

Autor: Jean Klaumann
 
A discussão acerca da evolução do varejo e as contribuições da tecnologia para este setor vêm despertando um interesse crescente entre as grandes marcas varejistas. Dentre as possibilidades disponíveis hoje para alavancar os resultados nos negócios, possuir as ferramentas para extração de dados importantes e os mecanismos corretos para analisá-las despontam como as opções mais estratégicas. Atualmente muito tem se falado sobre Big Data, mas sabemos que um percentual ainda muito reduzido de empresas utiliza essa tecnologia em seu dia a dia. Nos Estados Unidos, por exemplo, menos de 10% das companhias possuem a ferramenta. Também é fato que não basta possuir recursos modernos para obter informações relevantes do negócio: tão importante quanto a extração é realizar uma análise correta e saber utilizar esses dados a favor do negócio.
A ideia do Big Data é muito convincente e isto todo mundo já sabe. Se você quer descobrir padrões sobre o comportamento do cliente, esta ferramenta realiza essa leitura com grande precisão. Mas, em muitos casos, o Big Data é um verdadeiro exagero de informações e todo este volume de dados só é útil para grandes empresas que tem capacidade de interpretá-los. E é ai que o Small Data entra em cena – um pequeno conjunto de dados conectando pessoas a oportunidades e insights organizados para serem acessíveis e compreensíveis. Para pequenas e médias empresas, a recomendação é que aproveitem ao máximo seus dados atuais disponíveis provenientes do small data, e, em paralelo, trabalharem a cultura organizacional para mudanças maiores no futuro. Esta é, sem dúvida, a forma mais eficiente de inserir a nova mentalidade no DNA das companhias e de seus respectivos públicos.
O que muitos lojistas precisam se atentar é que um CRM bem estruturado é um pote ouro de informações. A partir das informações que já se encontram no CRM da empresa é possível realizar uma série de cruzamentos de dados que servirão de base para tomada de decisões para ofertas direcionadas e experiência personalizada para engajar cada cliente específico. No varejo, o Small Data já está no sistema e nas mãos do lojista, basta ter a ferramenta adequada para realizar esse cruzamento de informações.  O histórico de compra do cliente já ajuda o lojista a realizar sua próxima venda, sabendo o que o cliente procura, qual é o tipo de produto que ele costuma comprar e que produto pode complementar a última compra efetuada por ele.
São esses processos que garantem a implementação e o êxito de ferramentas que maximizem os resultados nos negócios. E isso tem total relação com o endereçamento correto das necessidades dos consumidores dentro da cultura e da estrutura da companhia. Já se sabe, por exemplo, que muitas empresas americanas já com alguma experiência em Big Data e Small Data hoje se reportam à área de marketing e não mais ao atendimento ao consumidor, pois constataram que essa é a estrutura mais eficiente para direcionar as informações obtidas.
Jean Klaumann é vice-presidente de operações da Linx

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