Contar histórias não deixa de ser uma arte. Afinal, é preciso de muita persuasão e retórica para conseguir fazer com que alguém se envolva por aquilo que está sendo contado. É pensando nisso que as empresas devem se apegar ao começarem um projeto de storytelling, ou seja, em como conquistar a atenção do cliente. “A grande novidade apresentada nesse conceito é a possibilidade de apresentarmos nossa marca e produtos de forma mais humanizada e, assim, aproximar da gente, pessoas e clientes por meio de um laço emocional”, define Adriana Caram Borlido, gestora de comunicação da MRV Engenharia.
Para conseguir se sobressair nessa arte, Adriana conta que as organizações que forem mais “antenadas” conseguirão maior efetividade, por conta da possibilidade de aproveitar os mais diferentes canais na profusão da história. “Além de toda a conquista emocional dos clientes, as campanhas com storytelling possuem afinidade com as mídias múltiplas”, conta. “Boas histórias são muito bem-vindas nos meios audiovisuais e possuem fácil e ampla penetração.”
Ela conta que na MRV o objetivo era buscar uma maior aproximação com o cliente e “consolidar a ideia de que efetivamente promovemos uma melhoria de vida para cada um”. Assim, o foco foi em contar histórias dos próprios clientes. “Afinal, trabalhamos com a realização de um sonho da maioria dos brasileiros, que é a conquista da casa própria”, detalha. A vantagem da técnica é a sua abordagem menos indireta, por meio da criação de uma ligação profunda. “O que não falta é a possibilidade de encontrar boas histórias, conta-las e deixar que se apaixonem pelo que estamos dividindo. A fidelização é praticamente uma consequência.”
Mas, para o sucesso, é preciso saber a quem se deseja que essa narrativa chegue, qual o público que se deseja encantar com aquilo que for contado. Ainda mais que esse público vem se tornando mais e mais exigente naquilo que consome. “Além disso, os clientes estão cada vez mais críticos e treinados para identificar falsas histórias ou compromissos não cumpridos”, explica Adriana. Para que esse erro não seja cometido, a empresa precisa estar atenta se sua conduta está alinhada com os princípios da história que está sendo narrada.
Outro exemplo da empresa foi a campanha #meumundomelhor, lançada no ano passado, que visava justamente o relacionamento mais humano com o público. Assim, curtas foram criados para ações internas, afim de também engajar os colaboradores. “Criamos um conteúdo que tem como objetivo construir um vínculo afetivo com nossos consumidores e estimular a concretização da compra da casa própria”, diz a executiva. Os vídeos foram disponibilizados na página da MRV no YouTube e Facebook. “O primeiro filme conta a história de um jovem casal que encarou o desafio de formar uma família e construir sonhos em conjunto, entre eles a compra do imóvel próprio. Eles contam como foi a jornada até a entrada no apartamento e como o mundo deles mudou para melhor”, finaliza.