O modelo de web services despontou, nos últimos anos, como a forma mais evoluída do conceito de web-top; ou seja uma nova abordagem de TI que encara a conexão à web como o centro das interações de negócios.
No patamar mais avançado desta nova concepção, desponta agora a arquitetura SOA (ou Service Oriented Architecture). Concebida para garantir maior adaptabilidade das empresas frente ao dinamismo do mercado, a arquitetura SOA busca definir os serviços como sendo o vértice obrigatório de todas as preocupações relativas ao conjunto de informações e comunicações das empresas.
Ao oferecer interoperabilidade em larga escala, garantindo flexibilidade tecnológica e adaptação às mudanças do ambiente de negócio, a SOA representa um passo nada pequeno.
O poder de alinhar necessidade de TI e negócio é, realmente, o grande trunfo desta nova arquitetura. Nela, as aplicações e sistemas são vistos como classes de componentes de negócios, os quais são dotados de modularidade e re-usabilidade. E que podem ainda ser facilmente orquestrados -e de maneira flexível – para formar processos automatizados de negócios.
Não seria exagero demais afirmar que a SOA representa uma transição no mundo de TI, comparável à que ocorreu com a interface intuitiva (surgida como o sistema Apple e depois com o Windows) ou com o aparecimento dos sistemas client-server e da computação orientada a objetos.
À medida que o suporte a Web services se torna presente em um maior número de aplicações e plataformas de desenvolvimento, a atenção se volta para a necessidade de criação de uma coerência entre estes elementos.
A arquitetura SOA procura tornar possível a re-configuração dinâmica de serviços “on the fly”, facilitando a mudança na lógica dos serviços à medida que os negócios mudem. Fala-se aqui, portanto, em “re-configuração” e não mais de “re-codificação”, como na abordagem tradicional.
Para tanto, a solução tem que prever o desenvolvimento distribuído, não apenas nas fronteiras da própria corporação, mas também para além dela.
Foi para dar respostas a tais requisitos que a indústria mundial – sob a liderança da Progress- concebeu uma espécie de infra-estrutura SOA “pré-moldada” e capaz de catalisar os diferentes web-services e sistemas similares numa esteira de produção única e amigável em todos os níveis. Surgiu assim o conceito de ESB – Enterprise Service Bus – especialmente desenvolvido para suportar uma enorme variedade de tipos de integração de projetos.
O modelo ESB oferece não só as vantagens da adoção de padrões (como os mencionados web-services),mas vai além. Gera uma gama de benefícios, tais como agilidade, flexibilidade, confiabilidade, rastreabilidade, escalabilidade e facilidade de gerenciamento. Por isto, o conceito vem ganhando cada vez mais adeptos, existindo hoje milhares de empresas no mundo que adotaram essa solução na busca de integração entre serviços através de mensagens.
Luiz Cláudio Menezes é diretor geral da Progress Brasil.