Cai a confiança do consumidor em fevereiro


Os consumidores paulistanos mostram-se mais cautelosos neste mês em relação a um crescimento efetivo da economia do que há um ano. É o que mostra o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), que caiu 2,7% em fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado e atingiu 134,5 pontos, contra 138,2 pontos. No contraponto a janeiro, ficou praticamente estável: + 0,3%. O ICC varia numa escala que vai de zero (pessimismo) a 200 (otimismo).

“Embora os indicadores econômicos (renda, inflação, taxa de juros, câmbio e risco-país) estejam melhores do que os registrados em igual período de 2006, o consumidor está mais atento aos rumos da economia. Isso reflete os efeitos do tímido crescimento registrado no ano passado”, afirma o presidente da Fecomercio, Abram Szajman.

No contraponto fevereiro a janeiro, o Índice de Condições Econômicas Atuais (ICEA), que detecta a percepção do consumidor em relação ao presente, aumentou 0,9% para 138,5 pontos, o que indica otimismo moderado. Já o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), que verifica o sentimento em relação ao futuro, apurou queda de 0,2% para 131,9 pontos, o que sinaliza um esfriamento da confiança.

Segmentação – Na segmentação por renda, houve uma inversão de tendência em fevereiro. Os consumidores com renda familiar acima de 10 salários mínimos, após um período de elevado grau de otimismo, mostram-se agora menos confiantes. Na comparação fevereiro a janeiro, o nível de otimismo caiu 2,2% para 138,9 pontos. Tanto o ICEA quanto o IEC apresentaram retração de, respectivamente, 2,3% para 147,1 pontos e de 2,2% para 133,5 pontos. Por sua vez, o otimismo daqueles que ganham menos de 10 salários mínimos melhorou. O ICC fechou o mês com alta de 1,7% e atingiu 132,2 pontos. O ICEA aumentou 2,9% para 134 pontos e o IEC avançou 0,9% para 131,1 pontos.

Entre as mulheres, o índice de confiança ficou absolutamente estável, em fevereiro, marcando 131,5 pontos. Já entre os homens, houve modesto aumento de 0,6% para 137,7 pontos. Os mais jovens, cuja idade é inferior a 35 anos, continuam mais confiantes. Nesta faixa, o otimismo avançou 0,3% para 138,6 pontos. Entre os que possuem 35 anos ou mais, o aumento foi de apenas 0,1% para 127,6 pontos.

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