A inadimplência dos consumidores diminuiu em fevereiro de 2006, na comparação com janeiro de 2006. Segundo o Indicador Serasa de Inadimplência Pessoa Física, que contempla os registros de cheques devolvidos, títulos protestados, dívidas vencidas com instituições financeiras e cartões de crédito e financeiras, a queda registrada no período foi de 6,8%.
No entanto, em relação a fevereiro de 2005, a inadimplência dos consumidores aumentou 12,7%. No primeiro bimestre de 2006, também houve um aumento no indicador. Nos dois primeiros meses deste ano, a alta na inadimplência de pessoa física foi de 13,0%, quando comparada ao mesmo período do ano passado, aponta a Serasa, empresa de pesquisas, informações e análises econômico-financeiras.
Para os técnicos da Serasa, a continuidade no crescimento do volume de crédito para pessoa física e a melhoria no mercado de trabalho, com expansão do emprego formal e da renda, têm facilitado o pagamento das dívidas assumidas no final de 2005, bem como as despesas típicas de início de ano, como IPTU, IPVA, matrículas escolares e compra de material escolar. Essa é a razão para a queda da inadimplência apontada pelo Indicador Serasa de Inadimplência Pessoa Física, em relação ao mês anterior.
Por outro lado, o crédito para pessoa física cresceu 2,1% entre dezembro de 2005 e janeiro de 2006, último dado disponível no Banco Central. A comparação de 12 meses ilustra o mesmo fato. O crédito para pessoa física está crescendo em torno de 37% na comparação janeiro de 2006 com o mesmo mês do ano anterior. Já o crescimento da inadimplência, no mesmo período, de acordo com o Indicador Serasa de Inadimplência Pessoa Física está no patamar de 13% (variação de 13,3%, dezembro de 2005 em relação a dezembro de 2004; 13,3%, janeiro de 2006 em relação a janeiro de 2005; 13,0%, fevereiro de 2006 comparado a fevereiro de 2005). Dessa forma, nota-se que o crédito está crescendo em ritmo muito maior do que a inadimplência.