De acordo com o estudo da Ernest & Young, Innovating for the next three billion: The rise of the global middle class, a nova classe média global impulsiona a necessidade de as empresas mudarem a direção estratégica para capacitar as demandas do novo público. Essa transformação envolve a criação de produtos e serviços totalmente novos para atender a faixa populacional que será engrossada por mais de três bilhões de pessoas até 2030.
“O estudo mostra que os mercados de crescimento acelerado, entre eles o Brasil, começarão a deixar de dirigir suas economias para uma dependência em exportações, mas para um modelo de crescente consumo interno”, afirma André Viola Ferreira, sócio-líder da Ernst & Young Terco para mercados estratégicos. O executivo também afirma que apesar de não ser rica pelos padrões dos países desenvolvidos, a classe média nesses mercados já está poupando menos e gastando mais, criando grandes oportunidades para companhias que podem servi-la com produtos e serviços relevantes para suas necessidades.
A pesquisa destaca que a maioria das empresas de economias desenvolvidas atualmente dirige suas energias e atividades principalmente para produtos finais premium em seus mercados de alto crescimento. Mesmo entre companhias de alta performance nesses mercados, essa proporção é alta: 40%. O relatório argumenta que esse foco em bens de luxo terá que mudar.
O aumento no número de consumidores de renda média previsto até 2030 representará um aumento de demanda de US$ 21 trilhões para US$ 56 trilhões. “Trata-se de um enorme potencial em economias de rápido crescimento, e essa pesquisa demonstra a escala de oportunidade para companhias que desenvolvem produtos inovadores”, diz Ferreira. “As empresas precisam pensar sobre mudanças fundamentais no modo como trabalham para tirar vantagem dessas mudanças demográficas”, completa.