O consumidor está cada vez mais exigente em relação à qualidade dos produtos. Ao mesmo tempo, com a crise econômica, pesquisas indicam que houve alteração no comportamento de consumo e as pessoas começaram a comprar itens mais baratos. Como aliar qualidade e preços baixos? A resposta veio do setor de marcas próprias. Nos Estados Unidos, de acordo com estudos da Lightspeed Research, 32,4% da população passou a adquirir mercadorias de marca própria. No Brasil, o cenário se confirma. Segundo pesquisa da Latin Panel, em parceria com a Abmapro – Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização, o percentual de pessoas que considera a qualidade desses artigos boa ou muito boa passou de 31% em 2008 para 67,3% em 2009.
O mesmo ocorreu em relação aos preços. Em 2008, 36% das pessoas considerava o preço bom ou muito bom, em 2009 o índice saltou para 63,2%. “A crise econômica global representou uma grande oportunidade para esse nicho. Os consumidores tiraram as marcas premium do carrinho de compra, por uma questão de necessidade, experimentaram os de marca própria e perceberam que podem continuar adquirindo tais produtos mesmo após a crise, tanto pelo preço como pela qualidade. E para quem apostou no segmento, comprovou que é um ótimo instrumento de fidelização”, afirma Neide Montesano, presidente da Abmapro. A enidade estima que o faturamento do setor deve crescer 15% neste ano.
Para reforçar o conceito de marca própria e apresentar um panorama do segmento no cenário mundial, a executiva faz uma apresentação no dia 19 de maio, a partir das 15h, na Apas 2009 – 25º Congresso de Gestão e Feira Internacional de Negócios em Supermercados, em São Paulo. Neide vai abordar temas como políticas comerciais de marcas próprias, mercado norte-americano e posicionamento de marcas, entre outros temas. Além da palestra, a Abmapro organizou o Espaço Marca Própria, também na Apas 2009, para facilitar a troca de conhecimentos e possibilitar oportunidades de negócios com os supermercadistas.