Autor: Ricardo Ramos
As etiquetas de preço dos supermercados e lojas de departamento ganharam há um tempo o EAN-13 (European Article Number). Popularmente conhecido como “código de barras”, um composto de 13 números que traz não só o quanto ele custa, mas todas as informações de origem daquele item, fabricante e especificações técnicas. O que muita gente não sabe é que esse código já pode – e deve – ser utilizado também no e-commerce, pois traz benefícios para lojistas, comparadores de preços e ao consumidor. Atualmente, todos os varejistas têm acesso aos 13 dígitos que acompanham cada mercadoria, mas apenas alguns dos maiores players reconhecem a importância do EAN e o exibem nas páginas dos produtos.
Em um tempo em que o consumidor pesquisa e experimenta um produto na loja física para depois comprar online – prática conhecida como showrooming -, os aplicativos para buscadores utilizam a câmera do smartphone para fotografar o código de barras do produto na loja física e apresentar as melhores ofertas no canal online. O EAN passa a ser fundamental para que o produto da loja apareça bem no ranking.
Sem o EAN, na prática, o consumidor que procura online por um modelo de televisor de LED, por exemplo, recebe vários resultados similares, mas com algumas diferenças nas especificações técnicas que podem passar despercebidas, como a frequência da imagem ou características como conversor digital ou Internet wi-fi. Com o código, a chance de comprar o equipamento diferente do que procurava diminui, já que o resultado apresentado será mais acurado.
Ao agrupar a oferta junto às mais relevantes para o mesmo produto, o EAN aumenta a competitividade da loja e, além disso, reduz a incidência de erros no processo de devoluções ou trocas de produtos, enviando ao consumidor produtos parecidos mas diferentes (por exemplo, equívoco de cor, modelo ou tamanho que não o desejado) implicando em menores custos para a loja com logística reversa.
A publicação do código junto aos itens no e-commerce é iniciativa de cada varejista. Cabe aos gestores que ainda o desconhecem, entenderem como o EAN vai ao encontro de uma tendência internacional, além de ser benéfico para o fortalecimento do mercado e da própria loja.
Ricardo Ramos é CEO da Precifica