Para a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), na Região Metropolitana de São Paulo, o faturamento de vendas referente a 2004 do Dia das Mães foi 3,6% superior ao do ano anterior para os lojistas. Enquanto em 2003 o comércio amargou uma retração de 8,27% em relação a 2002, esse ano os comerciantes puderam comemorar pelo resultado positivo.
Embora tenha havido uma recuperação das vendas, principalmente devido a menor taxa de juros e a maior oferta de crédito, a fraca base de comparação também é um dos motivos pelo qual o comércio alcançou esse número positivo, avaliam os economistas da Fecomercio. Desta forma, a melhoria neste resultado é suficiente para recompor apenas parcialmente as perdas acumuladas no ano passado pelo setor.
Com uma menor taxa de juros, descontos e ofertas especiais, além de maior acesso ao crédito, o grupo de bens duráveis (que inclui os eletrodomésticos e eletroeletrônicos) foi o que apresentou maior alta em relação a 2003, de 4%. No ano passado, foi exatamente esse grupo que puxou o desempenho do comércio para baixo, com queda de 9,5%. Já os semiduráveis (roupas e calçados) registraram alta de 3,2% em 2004 em relação ao ano passado. Em 2003, o grupo também teve queda de 8,54% ante o mesmo período de 2002.
O cartão de crédito foi o meio escolhido pela maioria das pessoas para pagar o presente das mães. A sondagem da Fecomercio mostra que 78% dos consumidores efetuaram compras com cartão, contra apenas 7% que fizeram pagamentos à vista (dinheiro, cheque ou cartão de débito automático). Entre um dos motivos pela escolha deste meio de pagamento está, segundo os economistas, o aumento de 21% do valor médio do presente esse ano em relação a 2003, que passou de R$ 34,22 para R$ 43,91 – descontada a inflação do período. Além disso, pesquisa feita pela Federação com 800 consumidores mostrou que cerca de 24% das pessoas pretendiam gastar mais de R$ 70 com o
presente da mãe.
A sondagem revela ainda que a maioria dos comerciantes, 63% dos entrevistados, decidiu fazer algum tipo de promoção para estimular o consumo no Dia das Mães. Apenas 37% dos empresários afirmaram que não promoveram ofertas no período.