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Comércio eletrônico se expande


Érica Camargo

No ano em que completa uma década de existência no Brasil, a Internet tem muito a comemorar. Esse imenso mercado digital confirma seu papel cada vez mais democrático na economia e na sociedade. Pesquisa divulgada pelo instituto E-bit indica que o número de e-consumidores do Brasil já passa de quatro milhões, somando um crescimento de 30% ao ano. Outra pesquisa, apoiada pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, mostra que cerca de cinco mil pequenas empresas já fazem vendas na Internet por meio de cartões de crédito e que mais de dez mil fazem alguma transação online – e esse número não pára de crescer.

Se a Internet alcançou o nível de evolução que tem hoje, o e-business tem papel fundamental nesse processo. O surgimento dessa tendência há uma década foi impulsionado por empresas visionárias como Amazon.com e E-Bay, criando novos hábitos e transformando a rede, que até então era somente um espaço para a obtenção e troca de informações, via websites, e-mails ou chats, num amplo mercado digital. A criação dessa nova demanda abriu os olhos das empresas, que passaram a acreditar no potencial de negócios da rede e a investir no desenvolvimento da Internet. Vende-se de tudo, compra-se de tudo, acha-se de tudo na web.

Conforme o comércio digital foi evoluindo e ganhando espaço no cotidiano das pessoas, a melhoria dos sistemas de segurança e de meios de pagamentos teve também papel fundamental para que o público ganhasse confiança para comprar pela Internet. Nos primórdios do e-commerce, os processos de recebimento eram manuais, ou seja, um funcionário do portal recebia os dados dos cartões de crédito e emitiam a fatura para as operadoras. Além da possibilidade das informações serem utilizadas em má fé, havia sempre o perigo do espaço ser invadido por “hackers” e o usuário sair no prejuízo.

No cenário atual, comprar on-line é rápido e seguro. Com a evolução dos meios de pagamentos, o internauta compra em um ambiente criptografado e as informações do cliente são enviadas diretamente à operadora de cartão de crédito ou banco (no caso da compra por débito automático). Na maioria dos casos, as transações são autorizadas sem que passe pela mão humana. Mesmo assim, convencer o consumidor de todas as idades e classes sociais de que o comércio eletrônico é seguro é ainda um dos principais desafios do setor.

No âmbito do “Business To Business”, a ampliação da segurança na rede também permitiu a criação de mecanismos como o “E-procurement”, (ou “cotações eletrônicas”), e também de portais corporativos, que integram fornecedores e clientes em tempo real e tornam mais ágil toda a cadeia de abastecimento. Quem sai ganhando com isso é mais uma vez o consumidor final.

E o que dizer da expansão do e-business nos próximos dez anos? Além de cair de vez no gosto do mercado brasileiro, veremos uma invasão das pequenas e médias empresas, que já começam a ver valor no comércio digital graças a um barateamento das soluções web. Mais do que isso, muitas dessas empresas abandonarão o ambiente físico para apostar somente em lojas virtuais – que não têm os altos custos operacionais das lojas comuns.

Érica Camargo é gerente Comercial da Masterbiz, empresa especializada em produtos e serviços de e-business.

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