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Compras coletivas: pense em longo prazo



Autora: Veruska Reina


Internet, ação promocional na web, lojas virtuais, descontos no e-commerce, publicidade 2.0…clubes de descontos e…compra coletiva. Aonde vamos parar? Qual será a próxima inovação no ambiente digital? Certamente algo em prol de nossa comodidade e praticidade, recursos cada vez mais necessários em tempos onde o trabalho não tem mais dia e hora certa. Uma era onde precisamos encontrar soluções ágeis e com facilidade para comprar, porque não temos mais tanto tempo assim para recorrer às lojas físicas, sejam elas de shopping de luxo ou os grandes saldões que os varejistas comumente costumam fazer.


Um movimento aliado a essa tão importante facilidade de comprar vem ganhando corpo e não é pequeno. O e-commerce demorou aproximadamente dez anos para pegar no Brasil e ainda encontra um longo caminho para se solidificar em nosso país que, diferente da cultura dos americanos – sempre acostumados a comprar por catálogo, sem a necessidade de uma loja física -, ainda enfrenta a desconfiança de nossa população.


Mas, aos poucos, esse cenário está mudando. Sabemos que o comércio eletrônico veio pra ficar. Cerca de 46% dos internautas consideram a internet como principal influência para a compra, revelou pesquisa do Centro de Altos Estudos em Publicidade da ESPM e do Ibope Inteligência. 


E, incrivelmente, já percebo que o conceito de compra coletiva vem tomando conta da cabeça dos consumidores brasileiros e…rapidamente, aliás, bem mais rápido que o tempo que levou o e-commerce para ganhar maior receptividade entre os brasileiros. Atribuo esse fator, que podemos chamar de disseminação totalmente acelerada, primeiro, claro, ao hábito cada vez mais frequente de compras pela internet, mas principalmente, ao bom e velho costume de pechinchar. Nesse sentido, classes sociais dos mais diferentes estágios gostam de bons preços, umas por necessidade, outras pelo fato de economizar e se sentirem beneficiadas de alguma forma. Ou seja, um mundo a se conquistar.


O fato é que o modelo inovador de compra coletiva chegou, onde promoções de ´tirar o chapéu´ estão presentes e, o melhor, ao alcance de todos ou…pelo menos, quase todos que acessam a internet. Descontos de 10 a 90% atraem uma boa parcela que não chegava a ver isso nem no ambiente físico. O céu é o limite e reitero isso aqui porque não estamos falando de uma promoção de bairro, estamos explorando algo que alcança os cerca de 67 milhões de internautas no Brasil, segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 


E, para alavancar na acirrada concorrência que está por vir, sim, ela certamente chegará e com muita força, uma vez que novos e novos portais de compra coletiva surgem quase que diariamente, a comunicação e o relacionamento não podem estar de fora. Embora a diferença de investimentos nos formatos disponíveis de mídia seja discrepante, a realidade é que quase 100% desses novos empreendedores apostam no ambiente online como forma de propagar a marca. Afinal, estamos falando de um conceito digital e fazer o branding por meio dele se tornou mais que fundamental.


SEO, links patrocinados, banners on-line, redes sociais e e-mail marketing. Por mais recentes que sejam os termos para todos, eles se proliferam de uma forma inimaginável e viraram jargões. Encontramos nesses recursos a tecnologia mais que suficiente para aumentar a audiência das compras on-line. Mas, não basta apenas acompanhar a moda de investimentos, de maneira aleatória. A compra coletiva, por ser rápida, precisa ter um planejamento de comunicação digital apoiado em estratégias com ROI – Return on Investiment.


Os sites de compra coletiva com foco apenas no ´hoje´ certamente lucrarão, mas, apenas em curto prazo. O mercado de compra coletiva evolui ao passo que novos consumidores descobrem o potencial de economizar por esse canal. E, consequentemente, novos sites surgem para atender a demanda e, como em todo modelo de negócio que cresce rapidamente, a oferta certamente será maior que a demanda, muito em breve.


Nesse cenário, é preciso estar preparado para o amanhã. O caminho segue o mesmo percurso, mas deve ser equivalente à rapidez da ascensão do conceito de compra coletiva. Portanto, base de dados, análise de perfil comportamental, mensuração de resultados e comunicação direcionada merecem muita atenção.


Hoje você vende, mas se não se relacionar com sua base, amanhã alguém certamente o fará. O e-mail marketing, mais uma vez, toma conta de um processo com base em relacionamento digital que, por consequência, se bem aplicado, traz retornos em curto, médio e tão sonhado longo prazo, onde o cliente fica com sua marca.


É importante saber quem interage nos e-mails promocionais e acompanhar as compras realizadas, para então poder ir ao encontro do que o consumidor certamente deseja na próxima campanha. A receita é a mesma, mas merece uma boa dose de agilidade. Use os pilares: opt in, base de dados, envio de ações promocionais de e-mail marketing, análise da compra, funis de compra, segmentação de promoções de acordo com o histórico de compra desse consumidor.


O retorno? Certamente virá, desde que baseado em estratégias para relacionamento digital e não quantidade de envios aleatórios. Hoje a compra coletiva é uma onda, amanhã será commodity. O ideal é pensar em longo prazo, sempre, mas…agir rápido!


Veruska Reina é CMO da Virid Interatividade Digital
 



 

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