Os paulistanos reduziram ainda mais o otimismo em relação ao cenário atual e às perspectivas de desempenho da economia brasileira para os próximos meses. Afinal, em abril, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) desceu à casa dos 120,2 pontos, apontando uma queda de 4,4% em relação aos 125,8 pontos do mês anterior, que já era o menor patamar desde janeiro de 2009. Sobre os 155,6 pontos registrados em abril de 2013, houve um significativo recuo de 22,7%. Apurado mensalmente pela FecomercioSP, Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, o indicador é um termômetro da percepção das pessoas sobre a situação econômica e balizador para novos investimentos pelo setor produtivo. Varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).
A queda do indicador, tanto de março para abril quanto entre abril de 2013 e abril de 2014, foi verificada em todas as segmentações (renda, gênero e faixa etária). Na comparação mensal, os destaques foram para quem ganha a partir de dez salários mínimos, com variação negativa de 8,5%; entre as mulheres, cujo indicador caiu 6,3%; e para pessoas com 35 anos ou mais, que registraram ICC 7,6% menor. Os mesmos grupos tiveram as maiores quedas na comparação anual: renda de dez salários mínimos ou mais (-25%), mulheres (-24,6%) e a partir de 35 anos (24,5%).
Os dois subindicadores que compõem o ICC também apresentaram quedas em ambos os períodos de análise. O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), que mede o sentimento das pessoas para a situação corrente, ficou em 126,9 pontos em abril, 4,1% menor que os 132,4 pontos de março e 17,1% abaixo dos 153 pontos de abril de 2013. Aproximando-se da marca de neutralidade (100 pontos), o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), que projeta a perspectiva futura, chegou aos 115,8 pontos em abril, recuo de 4,6% diante dos 121,4 pontos do mês anterior e diminuição de 26,4% em relação aos 157,3 pontos de abril de 2013.