A confiança do brasileiro quanto à sua situação financeira subiu cinco pontos em novembro: ficou em 147 pontos ante 142 em outubro, segundo o Índice Nacional de Confiança da Associação comercial de São Paulo, INC/ACSP/Ipsos. O aumento é sazonal, já que se aproximam o Natal e o ano de 2014. Por outro lado, em novembro do ano passado, o índice ficou em 162 pontos. “Nos últimos meses, o consumidor brasileiro tem visto uma melhora na sua situação financeira, mas em níveis abaixo dos anos anteriores. Isso se deve ao atual cenário de alta dos juros para o combate à inflação e de desaceleração do crédito e da massa salarial”, explica Rogério Amato, presidente da Associação Comercial de São Paulo, ACSP, e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, Facesp.
A margem de erro do INC é de três pontos percentuais. O índice varia entre 0 e 200 pontos, sendo que 200 representa o otimismo máximo. É feito pelo Instituto Ipsos a partir de mil entrevistas domiciliares realizadas todos os meses, em nove regiões metropolitanas e em 70 cidades do interior brasileiro – o que inclui 9 regiões metropolitanas. O Instituto Ipsos utiliza uma amostra probabilística com cota representativa do eleitorado a respeito de sexo, idade, educação, População Economicamente Ativa, PEA, e região.
Classes sociais
Com a proximidade das festas de fim de ano e com o pagamento do 13º salário, verificaram-se altas sazonais na confiança em todas as classes sociais em novembro.
A classe C continua a mais otimista, com INC de 152 pontos contra 147 em outubro. Na classe AB, o índice foi de 138 pontos ante 133 no mês anterior. E na classe DE, o índice saltou de 126 para 131 pontos.
Regiões
Com a estabilização do clima, a região Sul voltou a liderar: o INC foi de 171 pontos ante 157 em outubro. Já a confiança dos moradores dos estados do Norte, Centro Oeste e Sudeste, a confiança ficou estável. Norte/Centro Oeste apresentou INC de 158 pontos contra 157 em outubro. Já o Sudeste permaneceu com 143 pontos. Com a ocorrência de chuvas no Nordeste, o INC subiu de 130 pontos em outubro para 137 em novembro.
Nas capitais ligadas ao agronegócio, o INC aumentou três pontos e passou para 151 pontos. No interior, também ligado ao agronegócio, o Índice foi de 144 pontos em outubro para 147 em novembro. Com a concentração de mais empregos formais e, consequentemente, com a injeção do 13º salário, as Regiões Metropolitanas analisadas apresentaram INC de 135 pontos contra 124 em outubro.
Situação financeira
Conforme mostra a tabela, as situações financeiras atual e futura dos entrevistados pelo Ipsos em novembro se mantiveram estáveis em relação ao mês anterior. Mais brasileiros se sentiam seguros no emprego em novembro (44% contra 39% em outubro) e aumentou de 42% para 46% a parcela de consumidores favoráveis à compra de eletrodomésticos. Isso se deve aos empregos temporários, ao pagamento do 13º salário e à proximidade do Natal.
Desemprego
O número médio de pessoas desempregadas conhecidas pelos entrevistados que perderam emprego foi de 3,1. O índice está abaixo dos meses anteriores e também do mesmo período de 2012. Em outubro de 2013, o número médio de pessoas desempregadas conhecidas dos entrevistados era de 3,5; em setembro, 4,0; em novembro do ano passado, 3,3; em novembro de 2011, 3,5 pessoas. “Essa foi a única variável que superou os patamares dos anos anteriores. Isso pode ser explicado pela baixa taxa de desemprego, pela abertura de vagas temporárias de fim de ano e pelo início das contratações para a Copa do Mundo de 2014”, comenta Amato.