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Confiança do consumidor estabiliza

O nível de confiança do consumidor brasileiro com a economia e suas próprias condições financeiras ficou praticamente estável na comparação entre outubro e novembro de 2017, passando de 42,1 pontos para 41,9 pontos. Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Resultados abaixo de 50 pontos mostram que a maior parte dos consumidores segue pessimista com a economia e com a vida financeira.
“Para os próximos meses, espera-se que o processo de recuperação da economia produza efeitos mais perceptíveis para o consumidor, melhorando sua avaliação do momento atual e, consequentemente, a confiança”, afirma o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. “A mais aguardada mudança é a redução do desemprego, que já registrou queda nos últimos meses, mas ainda permanece elevado, atingindo número próximo dos 13 milhões.” O Indicador de Confiança é composto pelo Subindicador de Expectativas, que marcou 53,0 pontos e pelo Subindicador de Condições Atuais, que registrou 30,7 pontos em novembro.
De acordo com o levantamento, 80% dos consumidores avaliam negativamente as condições atuais da economia brasileira. Para 17%, o desempenho é regular e para apenas 2% o cenário é positivo. Entre aqueles que avaliam o clima econômico como ruim, a principal explicação é o desemprego elevado, citado por 42% dos entrevistados. Mesmo com a inflação em queda, a alta de preços de produtos e serviços é causa principal da percepção negativa da economia para 30% dos consumidores, enquanto 11% citam os altos juros.
Já quando se trata de responder sobre a própria vida financeira, 40% dos brasileiros consideram a atual situação como ruim ou péssima. Outros 46% consideram regular e um percentual menor, de apenas 12%, avalia como boa.
O orçamento apertado e a dificuldade de pagar as contas são as principais razões para considerar a vida financeira ruim, apontadas por 37% desses consumidores. Os entrevistados mencionam também o desemprego (29%), a queda da renda familiar (20%) e o fato de terem lidado com algum imprevisto que desorganizou as finanças (6%). Já o percentual de consumidores que veem a sua vida financeira como boa é de 12% e, dentre estes, para 45% as coisas vão bem por causa do controle que fazem do seu orçamento.
“O dado revela a importância de colocar a organização financeira como prioridade, sobretudo em um momento de crise como o que vivemos atualmente”, afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. “Muitos consumidores negligenciam a prática do controle orçamentário e evitam confrontar, na ponta do lápis, o valor dos seus ganhos e dos seus gastos. Isso pode estar na raiz do endividamento, da inadimplência, além de constituir, no longo prazo, um impedimento à realização de sonhos”, diz.
 
FUTURO
A sondagem também procurou saber o que os brasileiros esperam do futuro da economia do Brasil para os próximos seis meses e descobriu que 35% estão declaradamente pessimistas. Quando essa avaliação se restringe à vida financeira, no entanto, o volume de pessimistas cai para apenas 10%. Os otimistas com a economia são apenas 17% da amostra, ao passo que para a vida financeira, o percentual sobe para 53% dos entrevistados.
Para justificar a percepção majoritariamente pessimista com os próximos seis meses da economia, os recentes escândalos políticos surgem com força: 30% citam a corrupção com dinheiro público como a principal razão de seu desalento, seguido pelas discordâncias com as medidas econômicas (19%) e o desemprego (17%).
Tanto entre os otimistas com a economia do pais quanto com a própria vida financeira não sabe explicar ao certo a razão desse sentimento: apenas dizem esperar que coisas boas devem acontecer. Para a economia esse percentual é de 42%, ao passo que para a vida financeira é de 34%.
Ainda com relação ao otimismo com a economia, 12% disseram que já notaram que a pior fase da crise ficou para trás e outros 12% acreditam que as pessoas estão mais otimistas que há alguns meses, razões explicam as boas perspectivas com a economia brasileira. Do lado da vida financeira, 27% veem chances de conseguir um emprego ou uma promoção na carreira, 11% acreditam na melhora da economia e 9% acreditam que fazem uma boa estão de seus recursos, fatos que explicam o comportamento mais esperançosos desses brasileiros.

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