De acordo com a última aferição do Índice de Confiança do Consumidor (ICC), o indicador caiu 9% este mês, passando de 120,2 pontos em abril para 109,5 em maio. A queda é ainda maior (25%) se comparada com maio de 2013, quando o ICC registrou 146 pontos, ou seja, a maior queda desde o inicio da série, em junho de 1994. De maio de 2013 a maio deste ano, a retração foi de 36,5 pontos. O indicador, medido mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), demonstra a percepção das pessoas sobre a situação econômica e serve como base para novos investimentos pelo setor produtivo. Varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).
Na análise da Federação, um dos principais motivos que faz o indicador ceder mês após mês é a persistência da inflação, que atrapalha o poder de compra das famílias e reduz o orçamento para novas aquisições. Variáveis como a política fiscal e a elevação de juros também contribuem para o cenário negativo. Para os próximos meses, porém, é possível que ocorra a estabilidade do indicador nos atuais patamares.
O ICC é obtido a partir de dois índices: o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), que aponta a satisfação dos consumidores com o momento atual, e o Expectativas do Consumidor (IEC), que mostra as expectativas dos consumidores em relação à situação futura. Todos os quesitos que compõem o índice registraram queda em maio. No ICEA, o segmento que contribuiu com a maior variação negativa foi o dos consumidores com renda superior a 10 salários mínimos, com queda de 16,3%. Com relação ao IEC, destaca-se a perda de confiança do público masculino e daqueles consumidores com idade inferior a 35 anos.