Face à realidade da empresa, em mercados globalizados, o desafio passou a definir as regras básicas para se formar uma equipe vencedora, ou seja, com profissionais motivados e excelente ambiente de trabalho. Para a diretoria administrativa da Belcar, Goiânia/GO, Shirley Oliveira Leal, a fórmula geral é conhecer os colaboradores que trabalham na empresa e estar sempre aberta para recebê-los.
A constatação feita por consultores de grandes empresas, a motivação profissional passa por uma diversidade de parâmetros simples, mas eficazes, como permitir que qualquer profissional possa ter acesso e conversar com a gestão executiva, a qualquer momento; conhecer os objetivos da empresa e, particularmente, dos setores em que atuam; acolher e valorizar as sugestões apresentadas, não importando o nível hierárquico do colaborador; agregar ao salário valores sociais; envolvimento dos colaboradores na indicação de soluções para os problemas, visando-se, cada vez mais, para que se sintam mais responsabilizadose comprometimento com o sucesso da empresa. Além de pesquisar o grau de satisfação do colaborador, procurando identificar os pontos fortes e fracos; definir metas de trabalho para os diversos departamentos, premiando-as quando da superação das mesmas; implementar a auto-estima de cada colaborador, dentro daquela realidade intrínseca de que as pessoas gostam de ser úteis e necessárias.
“O resultado de toda esta cultura empresarial há de ser dimensionado, de acordo com os resultados no segmento em que atua. Daí, a relevância de se conhecer a concorrência como parâmetro na definição de diferenciais a oferecer ao cliente, oferecendo-lhe algo que não esperava”, afirma o Professor Luis Marins.
A resultante de sucesso da empresa passa, em síntese conhecer e ouvir seus funcionários. Quando as pessoas estão melhor informadas e percebem que estão agregando valores à empresa, certamente, sentir-se-ão mais comprometidas, responsáveis no entendimento da cultura empresarial de que “ele é empresa, dele depende o seu sucesso ou insucesso”.
Afinal de contas, quais os ingredientes indispensáveis para que se tenha uma equipe comprometida e motivada na empresa? Para a Professora Rosa Bernhoeft, da Alba & Bernhoeft Associados, existem três vertentes. A primeira é manter os colaboradores sempre bem informados sobre a situação e seus objetivos empresariais. “Ninguém se compromete não sabendo para onde a organização esta indo”. Numa segunda vertente, dar as ferramentas, condições de trabalho, distribuindo responsabilidades para que as pessoas sintam-se donas das ações e que o seu trabalho é importante para o crescimento da empresa e sua lucratividade. O papel do líder é relevante neste processo motivacional. É importante saber recompensar a equipe, a qual ultrapassa o valor salário. Para a Professora Rosa Bernhoet, a empresa deve criar condições de convivência pacífica e saudável dentro da empresa, para que este tenha vontade de ficar na mesma, num mesmo grau de satisfação em que estivesse em sua casa.
O grande salário que a empresa possa oferecer-lhe é aquele agregado ao reconhecimento que mexe com o coração do colaborador, como sentir-se prestigiado, valorizado, oportunidades de crescimento pessoal e profissional, ser convidado a participar das discursões e soluções dos problemas da empresa, enfim, ser tratado como ser humano com acertos e erros, dentro de limites de que o seu valor e competência são maiores que as deficiências. Em suma, compete a gestão dos recursos humanos gerir toda esta nova realidade empresarial, conclui o Professor Luis Marins.
João Gonçalves Filho (Bosco) – administrador de consórcio ([email protected]).