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Consumo consciente brasileiro

Para 92% dos brasileiros, o próprio consumidor é o protagonista no consumo consciente. Segundo aponta a pesquisa “O Consumo Consciente no Brasil”, feita pela Shopper Eperience. Em sua terceira edição, o material mapeou a percepção que o consumidor tem sobre o próprio papel no assunto e a percepção individual sobre as práticas adotadas pelas empresas. O ponto de partida foi a questão “O que você considera que são práticas associadas ao consumo consciente?”. Para isso, foram ouvidos consumidores com idade entre 21 anos e 65 anos; das classes A, B e C e moradores das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre.
Entretanto, na edição de 2015, o índice que apontava que o consumidor atribuía para si a responsabilidade de um consumo consciente era maior, de 97%. E, na visão de Stella Kochen Susskind, presidente da Shopper Experience, essa não é uma boa notícia. “Tivemos uma redução significativa no número de brasileiros que apontam o consumidor – ou seja, ele mesmo – como o principal responsável pelo consumo consciente nos âmbitos ambientais, econômicos e sociais. Uma percepção de que o problema e a solução estavam nas próprias mãos. Hoje, o que vemos é que essa percepção não é tão clara para muitos. E, pelos dados dos últimos três anos, não podemos dizer que essa responsabilidade, na percepção do brasileiro, esteja migrando para outros protagonistas. Não aumentou, por exemplo, a porcentagem de consumidores que creditam ao governo ou às empresas essa responsabilidade. Dessa forma, podemos concluir que muitos acham que a culpa ou a responsabilidade não é de ninguém”, avalia. 
Sobre os outros responsáveis desse assunto, 88% creditam ao governo e às empresas multinacionais a responsabilidade pelo consumo consciente; 86% apontam para empresas brasileiras e organizações não governamentais (ONG). Outros 85% às organizações internacionais; 82% aos países ricos; e 63% aos países pobres. “É interessante notar que para 82% dos consumidores brasileiros, a responsabilidade pelo consumo consciente no Brasil é dos países ricos, ou seja, um contrassenso”, comenta Stella.
Práticas de consumo consciente
Para 97% dos entrevistados, economia de energia elétrica e combate ao desperdício de água estão entre as principais práticas para um consumo consciente. Comprar produtos de empresas que respeitam o meio ambiente; reciclar e separar o lixo e evitar o descarte de comida são apontados, respectivamente, por 96%, 96% e 94% dos entrevistados. As demais práticas apontadas foram: comprar produtos orgânicos ou material reciclado (90%); utilizar o carro no esquema de caronas (85%); utilizar transporte público em substituição ao carro (84%); substituir o carro por bicicleta (82%); e não consumir produtos testados em animais (70%). 
Já no âmbito econômico, foram consideradas como práticas: alocação consciente do orçamento familiar (97%); uso consciente do crédito (94%); não acúmulo e controle de dívidas (90%); poupar parte dos ganhos (89%); pedir nota fiscal (79%); e fazer previdência privada (72%). No âmbito social, a prática que lidera a percepção dos brasileiros para o consumo consciente é a doação, para instituições de caridade, de roupas ou bens não utilizados (97%). Seguido por: evitar comprar produtos de empresas envolvidas em casos de exploração infantil/trabalho em locais não adequados (94%); realizar trabalho voluntário (90%); participação em projetos sociais (89%); evitar comprar produtos de empresas que fazem testes em animais (79%); e doar dinheiro para instituições de caridade (72%).
Comportamento das empresas
Já entre as práticas de consumo consciente feita pelas empresas, na percepção dos entrevistados, a reciclagem de lixo e a utilização de materiais reciclados nos produtos e embalagens aparecem em primeiro lugar, com 98% das respostas. Para 97% são programas e iniciativas de redução de impacto social e adoção de práticas para a redução de resíduos poluentes. Entre as outras práticas: 96% apontam o investimento em inovações baseadas na sustentabilidade; 96% no manejo sustentável de insumos naturais no ambiente de trabalho; 95% controle do material consumido pela empresa; 95% empresas que utilizam papel reciclado/ecológico para impressões; e 80% apontam a não realização de testes de produtos em animais. 
Na questão econômica, o que as empresas comprometidas com o consumo consciente fazem? Para 93% dos consumidores, elas mantêm operações e campanhas sazonais relacionadas ao tema; 92% apontam a realização de programas de capacitação socioambiental; e 89% acreditam que as empresas que se destacam na temática conduzem a divulgação de dados associados à gestão responsável do meio ambiente – o Relatório de Sustentabilidade. Para o lado social, 95% apontam que as empresas mais conscientes mantêm práticas de educação do consumidor, disseminando uma cultura sobre um modo de vida mais sustentável. Também para 95%, empresas que apoiam causas ou organizações com iniciativas ecológicas ou foco em educação e saúde pública são as mais conectadas com o consumo consciente. Entre os brasileiros, 93% apontam patrocínio/apoio a projetos e causas sociais; 92% a ações de disciplina e para coibir discriminação dentro das empresas e fora delas; e 82% apontam a prática de doações e fundações filantrópicas.

Ranking das empresas que melhor representam consumo consciente
Alimentos – Unilever (28%)
Refrigerantes – Coca-Cola (39%)
Limpeza da casa – Unilever (29%)
Higiene pessoal/cosméticos – Natura (37%)
Eletrodomésticos – Samsung (22%)
Eletrônicos – Samsung (32%)
Carros fabricados no Brasil – Volkswagen (17%)
Varejos eletrônicos – Walmart (17%)
Varejo de roupas – Hering (23%)
Supermercados – Pão de Açúcar (26%)
Hipermercados – Carrefour (29%)
Farmácia – Ultrafarma (32%)
Fast food/serviço rápido – McDonald’s (23%)
Loja de material de construção – Leroy Merlin (34%)
Loja virtual – Mercado Livre (18%)
Companhia aérea – TAM (26%)

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Consumo consciente brasileiro

O consumidor brasileiro assume o protagonismo no consumo consciente. Para 97% as práticas associadas ao tema são de inteira responsabilidade do contingente de clientes de empresas e marcas. Em 2014, essa percepção foi partilhada por 64% dos entrevistados. Essa é uma das conclusões da pesquisa O Consumo Consciente no Brasil, realizada pela Shopper Experience, com a participação de clientes secretos da empresa, residente das principais capitais do País. A pesquisa mapeou não apenas a percepção que o consumidor tem sobre o seu papel nesse contexto, como o envolvimento de empresas e do Governo no tema. 
Segundo a coordenadora, Stella Kochen Susskind, a pesquisa foi inspirada em relatos dos 80 mil clientes secretos da Shopper Experience. “Nos últimos dois anos, temos recebido inúmeros relatos de clientes secretos que demonstram o peso do consumo consciente na decisão de compra. São consumidores que optam por marcas alinhadas a uma postura socialmente correta, mesmo que tenham que pagar mais por isso”, analisa. “A preocupação se acentuou em todas as classes sociais e faixas etárias, sobretudo em São Paulo e no Rio de Janeiro, no auge da crise hídrica. No comparativo da edição 2014 e 2015 vemos claramente esse aumento na percepção de que o consumidor pode e deve ser o protagonista do consumo consciente.”
 
Entre os demais responsáveis pelo consumo consciente: 92% dos entrevistados apontaram o Governo; 91% as empresas multinacionais; 88% as empresas brasileiras; 87% as organizações internacionais; 87% as ONGs; 84% os países ricos; e 71% os países pobres. Stella chama a atenção para esse crédito aos países pobres. “Em 2014, 28% dos entrevistados apontaram que os países pobres eram os principais responsáveis por promover a bandeira do consumo consciente; este ano, essa percepção é compartilhada por 71% dos entrevistados. A tradução desse número está nesse nível de protagonismo alcançado pelo brasileiro; essa percepção de que é parte da solução dos problemas”, aponta.
 
CONCLUSÕES
Respectivamente, 99% e 98% dos entrevistados apontam a economia de energia elétrica e o não desperdício de água como práticas associadas ao consumo consciente no âmbito ambiental. Em 2014, os índices sobre o tema eram, respectivamente, 59% e 64%. Entre outras práticas, destaque para reciclagem e separação do lixo (95%); comprar produtos de empresas que respeitam o meio ambiente (94%); comprar produtos orgânicos ou de material reciclado (90%); evitar o descarte de comida (87%); optar por caronas quando usar o carro (86%); utilizar bicicleta ao invés do carro (83%); utilizar transporte público ao invés do carro (81%); e não consumir produtos testados em animais (70%). 
 
Na questão “práticas associadas ao consumo consciente no âmbito econômico”, 97% dos entrevistados apontaram alocação consciente do orçamento familiar; 95% uso consciente do crédito; 94% não acúmulo/controle de dívidas; 94% poupar parte dos ganhos; 83% pedir nota fiscal; 69% fazer previdência privada. No âmbito social, as práticas mais valorizadas são: doar roupas/bens não utilizados para instituições de caridade (97%); evitar comprar produtos de empresas envolvidas em casos de exploração infantil/trabalho em locais não adequados (94%); realizar trabalho voluntário (88%); participar de algum projeto social (84%); e doar dinheiro para instituições de caridade (62%).
  
Já no caso das empresas, os entrevistados apontaram que os negócios associados ao consumo consciente no âmbito ambiental são aqueles que: adotam práticas de redução de resíduos poluentes (98%); reciclam lixo (98%); têm programas e iniciativas de redução de impacto ambiental (97%); utilizam materiais recicláveis nos produtos/embalagens (97%); utilizam papel reciclado/ecológico para impressões (96%); investem em inovações baseadas na sustentabilidade (96%); controlam do material consumido (94%); realizam manejo sustentável de insumos naturais no ambiente de trabalho (93%); e não realizam de testes com produtos em animais (79%).
 
No âmbito econômico, as práticas mais valorizadas são: realização de programas de educação financeira para o consumidor (91%); programas de capacitação socioambiental (90%); operações e campanhas sazonais (relacionadas à prática de consumo consciente) (89%); doação de dados referentes à gestão responsável no meio ambiente/relatório de sustentabilidade (88%); e doações a fundações filantrópicas (68%). No âmbito social, as práticas de empresas mais valorizadas pelo consumidor são: envolver-se em causas/organizações internas com fins ecológicos ou foco na educação e saúde públicas (93%); educar/informar o consumidor a respeito de um modo de vida mais sustentável (93%); patrocínio/apoio a projetos e causas sociais (92%); e ações de disciplina para combater qualquer tipo de discriminação (90%).
 
AS MELHORES DO CONSUMO CONSCIENTE
Os entrevistados ainda listaram as empresas que consideram como as melhores na questão do consumo consciente, separados nas categorias: alimentos, refrigerantes, limpeza da casa, higiene pessoal, eletrodomésticos, eletrônicos, carros fabricados no Brasil; varejo eletrônico; varejo de roupas; supermercados; hipermercados; farmácia; fast food/ serviço rápido; loja de material de construção; loja virtual; e companhias aéreas.
Alimentos: Nestlé (42%)
Refrigerantes: Coca-Cola (37%)
Limpeza da casa: Ypê (25%)
Higiene pessoal: Natura (47%)
Eletrodomésticos: Electrolux (26%)
Eletrônicos: Samsung (32%)
Carros Fabricados no Brasil: Volkswagen (19%)
Varejos eletrônicos: Walmart (17%)
Varejo de roupas: Hering (29%)
Supermercados: Pão de Açúcar (32%)
Hipermercados: Walmart (26%)
Farmácia: Ultrafarma (33%)
Fast food/serviço rápido: McDonald´s (18%)
Loja de material de construção: Leroy Merlin (38%)
Loja virtual: Americanas (17%)
Companhias aéreas: Tam (28%)

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