Consumo deve crescer no segundo trimestre

A proximidade de datas comemorativas como “Dia das Mães” e “Dia dos Namorados”, está movimentando positivamente os consumidores, sinalizando aos varejistas um aumento nas vendas. Esta é a conclusão dos dados da pesquisa “Expectativas de Consumo – Abril a Junho de 2007”, conduzida pelo Provar – Programa de Administração de Varejo, da FIA (Fundação Instituto de Administração), em parceria com a Canal Varejo – Consultoria em Varejo de Bens e Serviços. A pesquisa considerou a intenção de compras dos consumidores para os segmentos: automóveis, autopeças, casa, mesa e banho, eletroeletrônicos, foto e ótica, informática, linha branca, material de construção, móveis, além de telefonia e celulares.
No topo da lista de compras estão os produtos do segmento “moveis”, com 10,8%, que apresenta um aumento significativo de 200% na intenção de compra, em relação ao primeiro trimestre. Em segundo lugar, estão os produtos do segmento “informática”, com 10% de intenção de compras, seguido por “telefonia e celulares”, com 9%. Ambos os setores apresentaram aumento na intenção de compra, com 35,14% e 66,67%, respectivamente. “O trimestre é marcado por datas significativas no calendário do varejo e o consumidor, responde positivamente”, explica o professor Claudio Felisoni de Ângelo, coordenador geral do Provar/FIA.
Os resultados apontam que, em relação ao trimestre anterior, o percentual de pessoas sem intenção de compras baixou de 54,8% para 45,2%. “Certamente as comemorações do período despertam um potencial maior para as compras. Entretanto, é preciso considerar que a movimentação do consumo ainda enfrenta o problema da sobreposição e saturação dos meios de crediário para aquisição de bens duráveis”, avalia o professor. “Isto significa que a renda do consumidor está extremamente comprometida, em função de linhas de crédito adquiridas no passado e a prazos cada vez mais extensos e explica porque, segundo apuramos, 45,2% dos consumidores não pretendem adquirir produtos dos segmentos pesquisados”, acrescenta o coordenador. “Quando comparamos os resultados em relação ao mesmo período do ano anterior, vemos queda”, aponta o professor.
Outra análise importante mensurada na pesquisa é a quantia que os consumidores planejam gastar nestas compras. O segmento “móveis”, por exemplo, embora em primeiro lugar na intenção de compras, apresentou a maior queda nesta quantia, 29,8%, passando de R$ 1.317,37, no primeiro trimestre, para R$ 934,26 neste trimestre. Já o setor de “material de construção”, que figura entre os últimos itens na intenção de compras, apresentou aumento de 164,47% nesta quantia, passando de R$ 1.238,33 para R$ 3.275,00 neste trimestre. Em contrapartida, o segmento “eletroeletrônicos”, que está no quinto lugar no ranking, sofreu uma queda de 14,19% na intenção de gasto, passando de R$ 1.235,71 para R$ 1.060,34. “Considerando os efeitos combinados de intenção de compra e de intenção de gasto, os resultados indicaram expectativa crescente de consumo para a maioria dos segmentos de bens duráveis e semiduráveis pesquisados, incluindo automóveis, informática e telefonia celular”, assinala Claudio.
A pesquisa de campo revelou também que a intenção de utilização do crediário é um dos estimuladores das compras no período. Para entrevistados que planejam adquirir automóveis no período, 75% pretendem fazê-lo utilizando linhas de crédito. O mesmo movimento também se observa nos produtos que figuram em primeiro lugar da lista: “Móveis”, com 64,8%, “Informática”, com 40%, “Telefonia e Celular” e “Linha Branca”, com 33,3% e 69,2%, respectivamente.

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