A Equifax, empresa fornecedora de soluções para gestão de negócios, divulgou um levantamento da atuação de empresas golpistas no País. O estudo, que considerou o período de janeiro a dezembro de 2005, revelou a ação de 1079 empresas fraudulentas, um aumento de 6% na comparação com 2004. Os setores mais assediados continuam sendo os de materiais da construção, de telefonia, alimentação e materiais elétricos. Porém, o segmento de leasing e financiamento de veículos também foi um dos atingidos, no período, de acordo com a avaliação. Pelo menos 125 empresas tentaram atuar neste mercado.
Segundo o Departamento de Pesquisas Especiais da Equifax, que conduziu o levantamento, o prejuízo com a ação do golpe pode chegar a R$ 64 milhões. Com isso, foram gerados 28,1 mil títulos protestados, um aumento de 24% em relação a 2004, além de 17,7 mil unidades de cheques devolvidos por falta de fundos, o que representa um aumento 43%, em relação a 2004.
O estudo revelou ainda que a região Sudeste apresentou um aumento significativo na presença de empresas golpistas, saltando de 581 em 2004 para 609 em 2005. “Foi também a região Sudeste quem apontou um montante maior em valores negociados, com cerca de R$ 40,3 milhões, ou seja, R$ 10,2 milhões a mais que o registrado em 2004”, explica Aparecida Nogueira, gerente de Pesquisas Especiais da Equifax. A região Norte também registrou um crescimento no volume negociado bastante expressivo com R$ 1,7 milhões, aumento de R$ 987 mil na comparação com 2004, embora tenha tido queda na presença de empresas golpistas de 29 para 21.
Já a região Sul voltou a ter um crescimento no registro de empresas golpistas saltando de 189 para 215. O volume em valores negociados também subiu de R$ 8,8 milhões para R$ 12,3 milhões. Contudo, somente o Rio Grande do Sul contribuiu para essa estatística, pois o número de empresas golpistas diminuiu no Paraná e em Santa Catarina. Outros Estados em que diminuíram a atuação de empresas golpistas foram Mato Grosso do Sul, Acre, Para, Alagoas e Bahia.
“Quanto mais informação, quanto maior detalhamento sobre o comportamento comercial das empresas com negociações em andamento, menores serão os impactos de riscos de golpes e prejuízos”, alerta a coordenadora do estudo, revelando ainda que foram registradas no período 22.520 informações sobre empresas com comportamentos de riscos. A grande maioria das consultas solicitadas foi gerada com empresas atuantes na região Sudeste, totalizando 11.457 solicitações.