Cresce compra de bens duráveis

Dos 14,4% brasileiros que pretendem comprar algum bem durável nos próximos três meses, os artigos eletrônicos e eletrodomésticos são os grupos de produtos que mais devem ser adquiridos, com 56,3% e 29,7% das intenções de compras, respectivamente, de acordo com a pesquisa Perfil Econômico do Consumidor (PEC), realizada pela Fecomércio RJ/Ipsos.
Dentro do grupo de eletrônicos, houve um salto de 8,8 pontos percentuais de um ano para outro nas intenções de compras de celulares, chegando a 17,9% das pretensões em agosto de 2014. Por outro lado, dentro do grupo de eletrodomésticos, micro-ondas foi o produto que mais teve a intenção de compra reduzida (recuo de 9,5 pontos percentuais), para 1,3%. “Ainda que não muito acima da intenção de compra apurada no mesmo mês de 2013, o resultado de agosto deste ano é positivo se considerarmos as quedas registradas na comparação entre maio, junho e julho e os mesmos meses de 2013. Parte dos consumidores segurou o consumo ao longo do ano – o que se refletiu no percentual decrescente de brasileiros com algum financiamento – e agora começa a ter mais folga no orçamento. Além disso, o grau de formalização cada vez maior do mercado de trabalho nacional tem garantido a entrada crescente de recursos no orçamento das famílias, sobretudo no que se refere ao pagamento do 13º salário”, afirma Christian Travassos, gerente de economia da Fecomércio RJ.
Na análise de cada produto, as maiores demandas deverão ser para a aquisição de televisão (22,0% das intenções), aparelho de telefone celular (17,9%), sofá (10,2%) e máquina de lavar (10,1%).
Já em relação ao número de consumidores que pagavam algum tipo de parcelamento caiu de 45,3%, em agosto de 2013, para 36% no mesmo mês deste ano. A pesquisa indicou ainda que o carnê é o tipo de parcelamento mais utilizado (59,6%), entre os brasileiros com algum financiamento, seguido pelo cartão de crédito (36%). Já entre os consumidores que estão pagando algum tipo de parcelamento, os itens mais parcelados foram: artigos de vestuário (25,5%), eletrodomésticos (24,8%), eletrônicos (16,9%), móveis (15,8%) e veículos (12,0%). Retraiu, também, o percentual dos consumidores que estão com alguma prestação atrasada em 2,6 pontos percentuais, na comparação com agosto de 2013, chegando a 18,0%, em agosto de 2014.
Entre agosto de 2013 e agosto de 2014, o percentual das famílias que informou que houve sobra no orçamento depois de todas as despesas terem sido pagas subiu 2,0 pontos percentuais, passando para 29,5%. Já em relação às famílias cujo orçamento não foi a conta certa para o pagamento de todas as despesas, o percentual passou de 21,9% em agosto de 2013, para 25,9% em agosto de 2014. Por fim, as famílias com orçamento suficiente para cobrir todas as despesas necessárias apresentou retração de 5,3 pontos percentuais, atingindo 44,0%, em agosto de 2014.

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