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Cresce consumo de bens não duráveis



A crise que afetou o desempenho da economia brasileira em 2009 passou longe da indústria de bens de consumo não duráveis. As famílias brasileiras gastaram mais, aumentaram os volumes comprados e sofisticaram a cesta de consumo na comparação com 2008. Os dados são da Kantar Worldpanel, empresa global de pesquisa de consumo em domicílios, que acompanha no Brasil semanalmente os hábitos de compra de  mais de 80 categorias das cestas de alimentos, bebidas , higiene pessoal e produtos de limpeza, numa amostra que representa 45,9 milhões de domicílios em todo o país (90% do potencial de consumo domiciliar do mercado brasileiro).

 

Segundo a Kantar, as famílias brasileiras gastaram 17% a mais em 2009 com o conjunto das categorias monitoradas. Os volumes em unidades comprados pelos domicílios também cresceram 15% no mesmo período. Em quantidade comprada, a expansão maior se deu na cesta de alimentos, que avançou 17%, seguida por bebidas (13%) e limpeza doméstica (12%). A cesta de higiene pessoal foi a que registrou menor expansão em volume (7%). Em relação a gastos (desembolsos feitos pelos domicílios), entretanto, higiene foi a campeã de consumo em 2009, com expansão de 21% no período. Os gastos com a compra de bebidas cresceu 18%. Com itens de limpeza doméstica, os gastos avançaram 17%. Com alimentos o crescimento foi de 16%.

 

A ampliação do consumo veio acompanhada da sofisticação das cestas. O volume médio de itens não básicos comprados pelas famílias para o abastecimento do lar avançou 15% em 2009. O fenômeno se deu especialmente no segundo semestre, quando os não básicos avançaram 16%, três pontos percentuais a mais do que a expansão registrada no primeiro semestre do ano. Na cesta de higiene pessoal o fenômeno ficou evidente. O levantamento aponta que 6 de 11 categorias da cesta cresceram em marcas Premium. “O brasileiro, depois de afastados os fantasmas da crise, se deu ao luxo de gastar mais com produtos mais caros”, diz Christine Pereira, diretora comercial da  Kantar Worldpanel no Brasil.

 

Classes e regiões

A Classe DE foi o grande motor do consumo em 2009. Este estrato da população gastou em 2009, frente a 2008, 21% a mais com o conjunto da cestas monitoradas pela Kantar Worldpanel.  A Classe C foi a segunda colocada em expansão de gastos, com 17% de crescimento, seguida pela Classe AB, que ampliou o desembolso em 14%. Em volume, a Classe DE também dominou a expansão das vendas de não duráveis. O volume médio comprado pelas famílias de menor poder aquisitivo cresceu 21% em 2009 contra 2008. Na classe C, a expansão de 13%, e na AB, de 8%.

 

Com este desempenho, a Classe DE, que comprava com regularidade 34 categorias, passou a levar para casa 37 categorias em 2009. Entraram na cesta das famílias mais pobres os temperos industrializados, o leite em pó e os cremes e loções. “Com este salto, as famílias do estrato DE passaram a ter um carrinho de compras equivalente ao das das famílias de Classe C”, diz  Christine.

 

As regiões Norte e Nordeste e Centro Oeste foram as locomotivas do consumo em 2009. O volume médio das cestas monitoradas pela Kantar Worldpanel cresceu 14% nestas regiões do país. A Grande Rio de Janeiro cresceu 12%, o Sul do país registrou expansão de 11%,  no que foram seguidas  por Litoral e interior do Rio de Janeiro (8%) e Interior de São Paulo (7%).  A grande São Paulo foi a região que registrou menor expansão nos volumes comprados: 3%.

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