No ano passado, 9,1 milhões de pessoas compraram online pela primeira vez, de acordo com a E-bit, elevando o número de consumidores únicos – que, ao menos uma vez, já utilizaram a internet para adquirir algum produto – para 51,3 milhões. Esses números fazem parte da 29ª edição do Webshoppers, lançado em São Paulo.
O relatório traz um balanço do e-commerce brasileiro em 2013, quando o setor cresceu, nominalmente, 28% em relação ao ano anterior, faturando R$ 28,8 bilhões. A Black Friday, que movimentou R$ 770 milhões em um único dia, é uma das explicações para resultados tão positivos, assim como a popularização da banda larga móvel. Os modelos mais simples de smartphones conectaram pessoas das classes C e D, que, antes, não tinham acesso à internet.
Em contrapartida, o tíquete médio teve leve queda de 4,4% e ficou em R$ 327, refletindo o crescimento da participação de categorias com tíquete médio menor. Teve queda também a oferta de frete grátis, um dos principais motivadores das compras online. Em dezembro de 2012, as entregas gratuitas correspondiam a 58%. Em dezembro de 2013, essa taxa caiu para 50%. “As empresas estão buscando rentabilidade e entrega rápida tem custos. A conveniência tem o seu preço. Mas em compensação, o consumidor passará a ter mais opções de frete”, explica o diretor executivo da E-bit Pedro Guasti.
O relatório aponta, ainda, para a influência de fatores como carnaval tardio, maior quantidade de feriados prolongados, Copa do Mundo e eleições no segundo semestre, no resultado do e-commerce brasileiro em 2014. Até o fim do ano, o setor deve apresentar um crescimento nominal de 20%, faturando R$ 34,6 bilhões.