O número de consultas para compras a prazo e pagamentos em cheque em julho apresentou crescimento de 3,94% na comparação com o mês anterior, de acordo com os dados do SPC Brasil. A maior dinâmica do comércio pode ser justificada pelo aumento do consumo devido às liquidações de inverno no mês de julho, pelas férias, que aumentam o volume de turistas, e pela proximidade do Dia dos Pais – muitos consumidores adiantam suas compras. Este crescimento é um sinal claro de recuperação da economia e melhora das expectativas dos consumidores.
No confronto com o mesmo mês do ano anterior (julho/08), o número de consultas apresentou aumento de 3,5%, e no acumulado do ano, elevação de 6,17%. Entende-se que este crescimento, tanto em comparação com o ano passado e no acumulado do ano, deve-se à queda da Selic, em menor patamar desde o início da série histórica.
Já o número de registros no SPC Brasil apresentou, na comparação com o mês imediatamente anterior, um aumento de 15,25%. Com a queda da taxa de juros muitos lojistas aproveitarem o mês de julho para registrar seus débitos, com a intenção de dar oportunidade aos consumidores de quitar as dívidas em melhores condições. Esse crescimento pode também estar associado a parcelamentos de compras do Dia das Mães, quando parte da população pode ter excedido em seus gastos.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (julho/08), foi verificada queda de 13,73%. E no acumulado do ano uma variação de -7,25%. Esta redução deve-se ao controle mais apurado dos empresários na concessão do crédito e ao fato de as pessoas estarem mais cautelosas para consumir por impulso, evitando contrair dívidas em longo prazo, sem poder honrar seus compromissos no futuro.
No mês de julho, a maioria, 54,98%, das pessoas registradas no SPC Brasil, foi do sexo feminino, e 45,02%, do masculino. Por faixa etária, a maioria, 27,58%, ocorreu na idade de 30 a 39 anos e a minoria com 5,34% acima de 65 anos. Os consumidores com idade de 40 a 49 ficaram com 21,50%, de 50 a 64 tiveram 15,18%, de 25 a 29, 14,76%, de 18 a 24 tiveram 14,18%.