De acordo com dados do 13º Estudo de Marcas Próprias da Nielsen, o volume de vendas dos produtos de marca própria cresceu 25,7% e em valores, 22,3%, no período de julho de 2006 a junho de 2007, enquanto as marcas tradicionais registraram crescimento de 8,4%, em volume, e 5,5%, em valores. Isso representa um aumento de 5,9% do volume de vendas das marcas próprias, em 2006, para 6,8%, em 2007, e em valores, de 4,8% para 5,4%.
O aumento das vendas e do volume desses produtos no varejo é reflexo do aumento da presença deles nos domicílios brasileiros. O estudo revela ainda que eles estão presentes em aproximadamente 13,5 milhões de residências no país, quantidade 1,8% maior, em números absolutos de domicílios, em comparação com os dados apurados em 2006. Mostra ainda que os “conscientes” e “maduros bem-sucedidos”, duas das seis classificações por estilo de vida utilizadas pela Nielsen, são os maiores consumidores de marcas próprias. Apesar das diferenças em termos de hábitos de consumo, ambos os grupos “convergem na importância da relação qualidade-preço”.
“A expectativa é que a participação do segmento cresça ainda mais e constantemente, em razão da seriedade dos projetos das empresas fabricantes e varejistas. O desafio e a prioridade do setor continua sendo intensificar a comunicação para que o consumidor confie ainda mais na qualidade dos produtos”, explica Neide Montesano, presidente da Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro).
No setor supermercadista, 31% das empresas consultadas oferecem ao consumidor itens de marca própria. Nas três maiores companhias supermercadistas do país (Carrefour, Pão de Açúcar e Wal-Mart), o número total de mercadorias desse tipo diminuiu 18,5%, no último ano. A principal razão foi a redução da oferta de têxteis em geral, conclui a pesquisa da Nielsen.