Estudo realizado pela Gartner Research, instituto de pesquisa, divulgado em dezembro de 2004, conclui que a terceirização continua crescendo em todo o mundo, mas de maneira menos acelerada. A taxa de crescimento anual apontada é de 7,9%, entre 2003 e 2008. A pesquisa também aponta que os gastos com terceirização de TI crescem mais rapidamente do que as despesas com serviços individuais. Na América Latina, por exemplo, a terceirização crescerá 9,85% contra 7,1% dos serviços individuais.
Para o presidente do IBTe (Instituto Brasileiro de Terceirização), Ulisses Carraro, os números são otimistas. Porém, ressalva ele, “esse crescimento deve ser cercado de precaução com a qualidade na terceirização. As empresas precisam ter claro que a legislação brasileira proíbe as terceirizações das atividades-fim. Quando isso acontece, com certeza a empresa enfrentará problemas”.
Há outros procedimentos, alerta Carraro, que descaracterizam um trabalho terceirizado, entre eles o cumprimento de horários fixos e a subordinação. “Constatadas essas características num trabalhador terceirizado, a empresa está gerando passivos fiscal, tributário e também trabalhista”, explica.
O executivo comenta que a entidade que preside, o IBTe (Instituto Brasileiro de Terceirização), nasceu com o objetivo de orientar as empresas nos processos de terceirização. Ele explica que os profissionais do instituto realizam uma auditoria em todas as áreas da empresa. Constatada alguma irregularidade, a empresa tem um prazo de 60 dias para se adequar às normas. “Só depois de uma nova análise para saber se o problema foi sanado é que a empresa receberá um Selo Certificador do IBTe, atestando a qualidade empregada na terceirização”, conclui Carraro.