Criar uma causa é fundamental

Como uma organização pode se preparar para os desafios do futuro? Esse foi o questionamento do 22º Seminário Internacional em Busca da Excelência, da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), que aconteceu no último dia 21. Entre as conclusões de diversos executivos e pensadores da área de gestão, está a necessidade das lideranças obterem um autoconhecimento para escutarem os colaboradores e stackeholders, e conseguirem perceber o todo, não só da empresa, mas da sociedade.
A abertura foi feita por Otto Scharmer, professor no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e presidente-fundador do Presencing Institute. Para o especialista, é preciso que as organizações desenvolvam uma “consciência ecossistêmica”, aliando os públicos de relacionamento com todo o sistema.  “É uma consciência focada no meu bem-estar e no bem-estar de todos”, explicou.
“No mundo de mudanças organizacionais, há duas fontes de aprendizados, que resultam em dois ciclos: o primeiro, aprender por meio da reflexão das experiências do passado. O segundo é compreender o futuro que emerge, tomando conhecimento à medida que ele vai surgindo, ativando as outras fontes de inteligência”, apontou Scharmer.
Por sua vez, o palestrante Marcelo Cardoso, responsável pela inovação, sustentabilidade e RH do Grupo Fleury, falou sobre as incertezas de nosso tempo. “Como criar uma identidade que permite transcender, preservar e fortalecer a organização? Qual o impacto que teria, na comunidade, se sua empresa acabasse hoje? Se a resposta é nenhum, então precisa mudar sua identidade. Essa deve ser estruturada no espírito da época”, ressaltou o executivo.
Para Cardoso, quando nos colocamos de maneira verdadeira em um mergulho profundo a partir da própria existência, conseguimos nos direcionar melhor em todos os campos da vida, inclusive no profissional. “A mudança começa dentro de si, ao dar um propósito para a própria vida. A pergunta que fica é como a gente transforma a organização em um grande campo de valores que permita às pessoas evoluírem e fazerem disso uma fonte de aprendizado e transformação?”, questionou ao final da palestra.

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