Os dois grupos sem fins lucrativos – Business Software Alliance (BSA) e o Council of Better Business Bureaus (CBBB) -, anunciaram hoje os resultados de um estudo conduzido pela Forrester Data sobre as mensagens conhecidas como spams, assim como dicas de consumo para a realização de compras online de forma segura.
Segundo a Forrester Data, cuja pesquisa online entrevistou 1000 usuários de internet acerca de seu comportamento em relação a e-mails não solicitados em seis países (Estados Unidos, Brasil, Canadá, França, Alemanha, e Reino Unido), os softwares estão em primeiro lugar na lista dos itens mais consumidos através de spams.
Segundo André de Almeida, consultor jurídico da BSA – Business Software Alliance no Brasil, “analisando a parte local da pesquisa, verificamos que os brasileiros recebem quantidade de spam parecida com o de outros países, mas são os que mais lêem tais mensagens indesejadas. Adicionalmente, os brasileiros são os menos preocupados com a segurança de seus computadores e dados pessoais ao replicarem aos spams e aceitarem ofertas feitas on line”.
“Mais de 40% dos americanos deverão fazer compras online neste fim de ano e muitos ficarão tentados pelas ofertas incríveis de famosas marcas de software provindas dos spams. Cuidado. Aquele programa pode ser uma versão pirata ao invés do produto original”, disse Bob Kruger, vice-presidente de enforcement da BSA.
“Os consumidores devem estar atentos para o fato de que a maioria destas ofertas vem de vendedores inescrupulosos, alguns deles envolvidos em outras formas de atividades ilícitas. De fato, a BSA detectou o maior número de spams de um grupo operando da Rússia”, disse Kruger. Em muitos casos, a BSA está colaborando com as autoridades internacionais para a identificação e fechamento destes grupos.
De acordo com o estudo, embora mais de 90% dos usuários de internet norte-americanos recebam uma grande variedade de spam e só leiam um quinto deles; cerca de 21% dos consumidores admitem que já compraram software por spam. Roupas e jóias atingem mais de 22%. (Veja Gráfico).
As descobertas da pesquisa também revelam que 40% dos consumidores online dizem que a venda de softwares via spam aumenta a preocupação com segurança online e com exposição a vírus de computador.”O CBBB está alertando consumidores e empresas sobre os abusos de fim de ano, além de muni-los de informações que irão servir de guia para decisões de compras sensatas e educadas”, disse o presidente do CBBB, Ken Hunter. “Se você planeja comprar online nesta temporada, nossas dicas podem lhe ajudar a se proteger das falcatruas do spam”.
Dicas para ajudar os consumidores e empresas
1. Reconheça o spam! Indicadores de que o email é um spam inclui remetentes que você não reconhece, erros de digitação e tipográficos no campo assunto e preços que parecem muito bons para serem verdade.
2. Use um filtro de spam. Opções podem ser encontradas através de uma simples busca na internet. Ou, se você recebe spam comercial no seu endereço de e-mail do trabalho, pergunte para a pessoa responsável pelo sistema dos computadores qual opção de filtro está disponível ou em uso.
3. Não responda. Mesmo que o e-mail de spam contenha instruções como, “responda caso você queira desativar”, pode ser uma armadilha. Ao fazer isso você deve somente demonstrar aos spammers que seu endereço está ativo.
4. Não se inscreva. Evite inscrever seu endereço eletrônico em sites públicos onde os spammers possam encontrar.
5. Cheque qual é o revendedor. Se o revendedor online que quer vender o software não está listado no site oficial do fabricante daquele software, fique atento.
6. Faça sua lição de casa. Procure uma seção de avaliações no site e busque comentários do vendedor baseado em vendas anteriores. Procure uma marca de confiança de uma organização de boa reputação como a BBBOnline.
7. Pegue o endereço do vendedor. Desta forma você pode checar o histórico do mercador com o Better Business Bureau (www.bbb.org). Se você não encontrar um endereço real, desconfie.
8. Guarde recibos. Imprima e guarde uma cópia do número da ordem e uma da confirmação de venda.
9. Fique longe de compilações e backups. Compilações de títulos de softwares de fabricantes diversos, ou cópias de “backup” são indicações claras de que o software não é legítimo.
10. Denuncie a pirataria. Consumidores suspeitando falsificação ou pirataria de software e/ou fraudes devem entrar em contato com delegacias e a BSA no telefone 0800 11 00 39 ou no site envie e-mail para [email protected]