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Da máquina de escrever à era digital


Há menos de um ano, a emissão de documentos fiscais no Brasil poderia ser realizada de três maneiras: manualmente, envolvendo talões de documentos fiscais, datilografando notas soltas (sim, ainda existem máquinas de escrever!) e por meio de sistemas informatizados, utilizando formulários contínuos, com ou sem integração aos livros fiscais. Todos estes processos burocráticos e custosos acarretam às empresas desperdício de tempo que poderia ser alocado a outras atividades como compra e venda de mercadorias, produtos e serviços.


Com a facilidade e o barateamento das tecnologias e a ajuda do Fisco, esta realidade mudou. Estamos falando da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e). O projeto tem como objetivo a implantação de um modelo nacional de documento fiscal eletrônico que substituirá a sistemática atual de emissão do documento fiscal em papel, com validade jurídica garantida pela assinatura digital do remetente, simplificando as obrigações acessórias dos contribuintes e permitindo, ao mesmo tempo, o acompanhamento em tempo real das operações comerciais pelo Fisco.


Os benefícios imediatos são redução nos custos com papel, resultando também em menor impacto ao meio ambiente, e redução nos custos de impressão e espaço para armazenamento de documentos físicos, que antes exigiam um período mínimo de cinco anos.


Somente isto já valeria a pena o investimento neste projeto. Contudo, há vários outros benefícios diretos e indiretos que serão aproveitados pelas empresas que aderirem à nova realidade, tais como: eliminação de erros devido à digitação incorreta de dados, redução de tempo de parada nos Postos Fiscais de Fronteira, redução de erros de escrituração, além do incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias, bem como uma série de vantagens logísticas e comerciais nas relações B2B.


Seria uma nova era para o Comércio Eletrônico B2B?


A automação e a integração dos sistemas e troca eletrônica de pedidos de compra e notas fiscais já são realizados há mais de 15 anos entre as empresas no Brasil que utilizam o EDI (Eletronic Data Interchange) – Intercâmbio Eletrônico de Dados. O comércio eletrônico já modificou a forma como as empresas realizam negócios e a NF-e será responsável pela massificação deste cenário. A intenção, por exemplo, do Sefaz-SP (Secretaria da Fazenda) é alcançar a meta de 30 milhões de notas fiscais eletrônicas por mês até o final de 2007, o que corresponde a 50% do total de notas emitidas no Estado.


Uma vez que as empresas desenvolvam a solução, e enviem o arquivo de notas fiscais, eletronicamente, para o Fisco, poderão também fazê-lo para os parceiros de negócios, gerando redução de custos administrativos e operacionais, de estoque, de saldos, de itens faltantes, de devoluções, aumentando as vendas e agilizando o recebimento das mercadorias.


Sendo assim, a nota fiscal eletrônica juntamente com demais informações logísticas enviadas através de meios eletrônicos, parece ser o caminho natural para os processos de negócios entre as empresas, fortalecendo assim as relações B2B.


Ana Paula Manieiro é assessora de soluções de negócios da Gs1 Brasil.

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